Já imaginou uma sociedade em que ter livros seria considerado crime? Em Fahrenheit 451, romance escrito por Ray Bradbury e publicado pela primeira vez em 1953, o autor nos apresenta uma época em que os livros são considerados uma ameaça ao sistema e, por este motivo, proibidos para a população.
"Um livro é uma arma carregada na casa vizinha.”
Crítica ao sistema político e à superficialidade das propagandas e excesso de informação, o romance distópico nos apresenta um cenário que nos faz refletir para onde estamos caminhando enquanto sujeitos com cada vez menos senso crítico (será que um dia chegaremos lá? Medo!).
Na história contada, os livros são considerados uma ameaça por apresentarem ideias que fazem as pessoas refletirem sobre sua condição, sobre o que acontece e aconteceu na humanidade e assim, são considerados advertência à uma era de superficialidade e lazer inconsequente. Neste contexto, os bombeiros que antes apagavam incêndios passam a ser os responsáveis por atear fogo nos livros e nas casas em que são encontrados.
“Quem sabe quem poderia ser alvo do homem lido? Eu? Eu não tenho estômago para eles, nem por um minuto.”
Mas é claro, que assim como acontece na vida real, sempre há alguém que resiste e luta para mudar a realidade. E é nesse enredo de contestação da realidade instaurada que a gente respira (e pira) na leitura do livro. Sabe aqueles que a gente não consegue parar de ler de tão delicioso e envolvente?
Para quem gosta de ler e compreende as transformações que um bom livro causa na alma e na mente, a narrativa ganha um tom ainda mais atraente, pois é perpassada por nossa vontade de gritar: parem de queimar os livros!!
Só sei que fechei o livro querendo gritar cada vez mais alto...
2 comentários
Fahrenheit 451: gostei e recomendo.
ResponderExcluirÉ uma Alegoria da Caverna, de Platão, atualizada.
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