Esta resenha foi escrita com spoilers, considerando que
qualquer amante do terror já tenha assistido ao filme ou lido o livro. O filme
homônimo, baseado neste livro, já me tirou algumas noites de sono na infância e
despertou meu interesse por histórias de terror.
Quando li o livro, eu já havia assistido ao filme algumas
centenas de vezes. A primeira vez que assisti, tinha uns 9 anos mais ou menos.
Foi impossível ler e não imaginar os personagens com as mesmas características
dos atores. E sabe que isso foi legal? O autor, descreve bem cada cena e o
filme foi bem fiel ao livro, já que ele foi também o produtor e roteirista do filme.
O livro tem muitos diálogos, mas não é uma leitura
cansativa, pelo contrário, eu devorei o livro em poucos dias.
"Quem pode saber? E ainda acho que o alvo do demônio não é o possuído. Somos nós...que observamos...Todas as pessoas dessa casa. E eu acho...Acredito que o objetivo é fazer com que nos desesperemos, que rejeitemos nossa humanidade. Damien: que vejamos a nós mesmos como bestas, maus e podres; deploráveis; horrorosos, indignos. E talvez aí esteja o cerne da questão: na indignidade. Porque eu acho que a crença em Deus não é uma questão de razão; acredito que é, no fundo, uma questão de amor: de aceitarmos a possibilidade de que Deus possa nos amar."
A história gira em torno da família MacNeil e do padre
Karras, que é apresentado logo quando a criança Reagan MacNeil começa a ter
ataques frequentes. A mãe, Chris MacNeil, é uma atriz famosa, que mora com a
filha e os empregados em uma casa alugada. Regan, é um criança amorosa e
inteligente, aparentemente sem nenhuma doença ou sintoma de problemas
neurológicos. Regan não é batizada e sua mãe é ateia. A criança conhecia
poucas coisas sobre religião. O que ela conhecia, foi vagamente comentado pela
secretaria da mãe, Sharon.
Os acontecimentos começam quando Chris passa a ouvir batidas
fortes e repetitivas, vindas do quarto de Regan. No desenrolar da história, a
menina conta que tem um amigo imaginário e que conversa com ele através de um
tabuleiro Ouija. Quando a menina passa a não conseguir dormir, as coisas
começam a desaparecer e os sons vindos do quarto começam a soar mais fortes, a
menina conta que não precisa mais do tabuleiro para se comunicar com o amigo.
Neste ponto, a criança já está visivelmente abatida, cansada e começa a ter
comportamentos estranhos, como por exemplo falar palavrões.
A mãe havia acabado de receber uma oportunidade no trabalho,
era muito amorosa e dedicada a filha. O pai era ausente e não aparece mesmo após
as complicações no quadro da filha, o que fez com que os médicos desconfiassem
de alguma crise juvenil de culpa pela separação dos pais. Após muitos exames e
internações, a mãe procura o padre Karras, que é também um psiquiatra.
O padre passa a frequentar a casa para acompanhar e examinar
Regan, mas não está convencido de que o problema não passa de alguma doença
neurológica. O autor tenta mostrar como a falta de fé da mãe e a dúvida
do padre, fizeram com que a tratamento adequado da criança chegasse tardiamente.
Era uma época em que não se realizavam mais exorcismos e
todos os episódios que ocorriam com Regan poderiam ser explicados pela
medicina. O próprio padre não estava convencido de que o caso era de possessão,
mas quando a criança já estava muito debilitada, tomando doses cavalares de
remédios, ele finalmente procura a igreja para pedir a permissão e realizar o
exorcismo. A igreja envia o experiente padre Merrin, a quem o diabo já havia
sido apresentado em outra ocasião e se demonstra decidido a ganhar a batalha
desta vez.
O final me deixa com curiosidade até hoje, pois não sabemos
exatamente o que acontece com o demônio.
1 comentários
Quero ler.
ResponderExcluirObrigada por participar do nosso Universo! Seja sempre muito bem vindo...