Cara, a vontade de escrever sobre o livro é tanta que nem sei por onde começar...Ah sim, do começo, né? Faz sentido...
O começo é uma bela capa em verde e laranja, com a cópia de um modelo de carteira de identidade de Rita Lee Jones, com direito a foto 3X4 com destaque vermelhão pro cabelo e digital do polegar direito. É para chamar a atenção nas estantes e nas prateleiras, tanto é que apesar de ser fã da Rita eu não compraria o livro, não fosse pela capa chamativa.
A verdade é que tenho preguiça de biografias, acho bem chato o fato de alguém querer lucrar divulgando a história de sua vida, o que pressupõe que tal pessoa se acha muito foda! Uma coisa são os feitos históricos, os marcos deixados por alguém...outra bem diferente é contar detalhes íntimos de quem os fez. Não sei se é porque minha vida anda meio desanimada, mas acho o “óh”.
Dito isso, é prudente mencionar o fato de que esta é uma autobiografia, ou seja, foi escrita pela própria Rita que conseguiu de forma primorosa, fazer com que o livro tomasse ares de papo na varanda, sabe como? O tempo inteiro me senti como se os vários casos estivessem mesmo sendo contados para mim, que cheguei a gargalhar em alguns deles.
As histórias que ela conta são tão divertidas! São em sua maioria muito ligadas a música e às vezes parecem tão surreais, que temos a impressão de estarmos lendo uma obra de ficção. Fiquei muito afim de entrar no casarão onde Rita passou a infância, conhecer a Balú (sua fada “madrindinha”), de ser amiga de Gil, Caetano e Elis, de conhecer seus inúmeros animais de estimação ao longo da vida. Eu queria mesmo era morar naquele livro e observar todos aqueles artistas vivendo ao melhor estilo “sexo, drogas e rock and roll”!!
Outra coisa que me fez ficar encantada pelo livro, foi a oportunidade de ver para além da imagem de compositora foda e mulher segura de si que sempre tive da Rita Lee. Descobrir que ela de certa forma nunca confiou em seu talento foi surpreendente. Se ela pode desconfiar de seu taco, eu então posso tudo!
Ah, e tem história de amor também gente. O encanto dela com o Roberto de Carvalho é a coisa mais linda, tem que ler o livro e amar, amar, amar...
Outro lance interessante foi o uso de um recurso para quando a autora esquecia algum fato importante, ou se embolava nas datas e outros tipos de informação: o Phantom, fantasminha pra lá de bonitinho que “assombra” as recordações da Rita ao longo da autobiografia para lembrar de fatos que ela esqueceu. Fofo. Fofo inclusive, é um dos vícios de escrita da Rita e que eu, alucinada pelo livro, tomei como meu!
Resenha de Júlia Carvalhaes, 25 anos, formada em Ciências Biológicas, pós graduanda em Auditoria e Gestão da Qualidade e estudante de Pedagogia. Tem muitas paixões, o que a motiva a fazer várias coisas ao mesmo tempo, inclusive ler, ler muito.
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