Outro dia eu levei o maior susto ao digitar o nome de Quentin Tarantino na busca da Netflix. É pra você fazer o teste e se acomodar no sofá! Além de uns quatro filmes que contam com ele na direção, ainda tem uns em que ele atua e outros, de outros diretores, mas muito bem-relacionados, bem a cara do diretor. Ação, violência, muito sangue, roteiros bem-escritos, atuações de tirar o chapéu, cenas de dança, fotografias e cenários sinistros, diálogos ricos e permeados por sarcasmo e humor, e referências ao cinema e à cultura pop: esse é o perfil do diretor, produtor, roteirista e ator que ganhou fama por suas produções de estilo único e que, até hoje, são assistidos e reassistidos por uma legião de fãs que acompanha seu marcante trabalho.
Enumerando categoricamente essas características assim, deu pra notar que sou fã do cara, né? Não perco uma produção dele. Aliás, perdi e, por sorte, me deparei com ela na Netflix no último fim de semana: “Os Oito Odiados”, que teve três indicações ao Oscar 2016 e levou a estatueta de melhor trilha sonora, é uma relíquia que eu não sei porque cargas d’água eu deixei passar naquele ano. Considerado uma certa continuação de “Django Livre” (2012), o longa, que é o mais recente filme de Tarantino, consegue unir faroeste e suspense de maneira talentosa em uma produção que homenageia até outros trabalhos. Bem complexo e adulto, “Os Oito Odiados” não deixa de trazer as marcas pelas quais Tarantino é tão reconhecido. Na história, durante uma nevasca, o carrasco John Ruth (Kurt Russell) está transportando uma prisioneira, a famosa Daisy Domergue (Jennifer Jason Leigh), que ele espera trocar por grande quantia de dinheiro. No caminho, os viajantes aceitam transportar o caçador de recompensas Marquis Warren (Samuel L. Jackson), que está de olho em outro tesouro, e o xerife Chris Mannix (Walton Goggins), prestes a ser empossado em sua cidade. Como as condições climáticas pioram, eles buscam abrigo no Armazém da Minnie, onde quatro outros desconhecidos estão abrigados. Aos poucos, os oito viajantes no local começam a descobrir os segredos sangrentos uns dos outros, levando a um inevitável confronto entre eles. Dá pra imaginar o quão vermelho-sangue fica manchada a tela, né?
Outro filme imperdível de Tarantino disponível na Netflix é “Bastardos Inglórios” (2009). Durante a Segunda Guerra Mundial, o tenente Aldo Raine (Brad Pitt) é o encarregado de reunir um pelotão de soldados de origem judaica com o objetivo de realizar uma missão suicida contra os alemães na França ocupada com um único objetivo: matar nazistas. Paralelamente, Shosanna Dreyfuss (Mélanie Laurent) assiste à execução de sua família pelas mãos do coronel Hans Landa (Christoph Waltz, em interpretação que lhe rendeu o Oscar 2010 de melhor ator coadjuvante – o longa teve outras sete indicações), o que faz com que fuja para Paris e planeje um meio de se vingar. Sem se preocupar com a veracidade da história, o diretor entrega seu filme mais teatral, um grande homenagem ao filme “Os Doze Condenados” (1967).
Ufa! E ainda tem mais: “Pulp Fiction: Tempo de Violência” (1994), que é considerado um dos filmes mais influentes dos anos 90, com John Travolta e Samuel L. Jackson; e “Kill Bill Vol. 1” (2003), que conta a história da Noiva vingativa de Uma Thurman, com cenas de ação dignas e um senso de humor que viria a definir os próximos filmes do cineasta. Todos estão lá te esperando no serviço de streaming! É... Olha só como a vida é cheia de surpresas: se você é uma pessoa tranquila em casa, não dá para esconder que não tem sangue, ação, humor e muita violência na sua sala de TV.
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