Extraordinárias: Mulheres que Revolucionaram o Brasil, é um livro organizado pelas jornalistas Duda Porto e Aryane Cararo, que decidiram contar, em poucas palavras, a história de 44 mulheres que passaram a vida lutando pelo que acreditavam, mas que infelizmente não foram reconhecidas por isso.
Com linguagem simples e envolvente, o livro fala muito sobre a força e a coragem das mulheres, ao mesmo tempo em que mostra como elas foram importantes para a história do Brasil e para a luta pela igualdade de direitos e pela representatividade.
Entre as escolhidas temos Madalena Caramuru, a primeira mulher brasileira alfabetizada; Maria Felipa de Oliveira, algoz dos portugueses; Chiquinha Gonzaga, a primeira intérprete da alma popular brasileira; Bertha Luz, uma feminista pioneira; Laudelina de Campos Melo, militante dos direitos das mulheres e empregadas domésticas; Djamila Ribeiro, a força do feminismo negro; e muitas, muitas outras!
Confesso que para mim, muitos nomes eram completamente desconhecidos e foi uma alegria descobrir cada um deles. Tenho prazer em conhecer mulheres que apesar de tantas limitações ergueram a cabeça e lutaram pelos seus ideais. Sinto orgulho da força feminina e de cada passo dado em prol da nossa liberdade.
Um livro como esse traz esperança. Esperança que os jovens de hoje compreendam que todos são iguais e que sexo, raça, cor, classe social ou opção sexual, não definem nada nem ninguém.
Concordo muito com o primeiro parágrafo da Apresentação, que de cara conquistou meu coração:
"Cada mulher tem sua parte heroína. Enfrentar os preconceitos que mesmo no século XXI são tão presentes em nossa sociedade, dando conta também de tantos papéis e exigências, é, sem dúvida, prova de força. Prova. Essa palavra que nasce conosco e nunca nos abandona. Parece que temos de provar tudo a todos a todo momento, embora a gente saiba muito bem que ninguém nunca deveria ter que provar nada para garantir direitos iguais e respeito."
Convém ressaltar que o livro também conta com uma linha do tempo que descreve os caminhos e a trajetória das mulheres no Brasil. Em 1827 as mulheres foram autorizadas a frequentar escolas, em 1932 adquiriram direito a voto, em 1943 conquistaram o direito de trabalhar fora de casa sem autorização do marido e a Constituição passou a proibir diferenças de salários entre homens e mulheres.
Os passos foram e ainda são lentos. Muitos direitos adquiridos ainda não estão plenamente efetividades (como a igualdade salarial, por exemplo. Mas o importante é seguir lutando e acreditando. Por isso que obras como essas são tão importantes!
Recomendo que leiam e que presenteiem os amigos. Além das informações e curiosidades, eles também vão se apaixonar pelas ilustrações incríveis que acompanham os textos e que foram feitas por mulheres: Adriana Komura, Bárbara Malagoli, Bruna Assis Brasil, Helena Cintra, Joana Lira, Laura Athayde, Lole, Veridiana Scarpeli e Yara Kono.
1 comentários
Olá; segue a minha alegria por todas essas bravas mulheres brasileiras, muitas das quais também não conhecia. A vida nos mostra que é mesmo assim que as coisas acontecem, muitas das vezes as próprias autoras não se importam em mostrar seus feitos, o que ainda mais engradece a cada uma delas. Falei. Fui.
ResponderExcluirObrigada por participar do nosso Universo! Seja sempre muito bem vindo...