A Rainha de Tearling Crítica

A Rainha de Tearling, de Erika Johansen

00:00Samy

Título: A Rainha de Tearling
Título Original: The Queen of Tearling
Autora: Erika Johansen
Ano de lançamento no Brasil: 2017
Editora: Suma de Letras
Número de páginas: 352
Sinopse skoob:
Quando a rainha Elyssa morre, a princesa Kelsea é levada para um esconderijo, onde é criada em uma cabana isolada, longe das confusões políticas e da história infeliz de Tearling, o reino que está destinada a governar. Dezenove anos depois, os membros remanescentes da Guarda da Rainha aparecem para levar a princesa de volta ao trono – mas o que Kelsea descobre ao chegar é que a fortaleza real está cercada de inimigos e nobres corruptos que adorariam vê-la morta. Mesmo sendo a rainha de direito e estando de posse da safira Tear – uma joia de imenso poder –, Kelsea nunca se sentiu mais insegura e despreparada para governar. Em seu desespero para conseguir justiça para um povo oprimido há décadas, ela desperta a fúria da Rainha Vermelha, uma poderosa feiticeira que comanda o reino vizinho, Mortmesne. Mas Kelsea é determinada e se torna cada dia mais experiente em navegar as políticas perigosas da corte. Sua jornada para salvar o reino e se tornar a rainha que deseja ser está apenas começando. Muitos mistérios, intrigas e batalhas virão antes que seu governo se torne uma lenda... ou uma tragédia.
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Não é segredo para ninguém que já leu resenhas no Infinitos Livros que eu sou uma grande fã de fantasia. Gosto de fantasia épica, fantasia sobrenatural, fantasia com magia, distopia, enfim...  é fantasia, tou dentro!
Então fiquei bem animada quando vi essa sinopse da nova série publicada pela Suma. Apesar de estar com um pouco de preguiça crônica de séries com protagonistas adolescentes, achei que valia o risco, já que Kelsea passou da pior fase da juventude.

O livro já começou me prendendo às páginas. Nisso a autora acertou em cheio, pois de vez em quando o começo dos livros de fantasia é bem devagar e demora a pegar um ritmo que realmente te prenda na história. Erika Johansen acertou começando com movimento e deixando para explicar muitas coisas mais “tediosas” e para delinear a personalidade de seus personagens no decorrer da ação e nos intervalos. Isso significa que o livro é todo ação? Não. Tem alguns momentos bem parados, mas vocês lembram que a gente precisava conhecer os personagens ainda? É nesse momento que vamos saber como cada um se comporta em cada situação e também vamos conhecer a Kelsea um pouco melhor.

"A marca do verdadeiro herói é que a mais heroica de suas proezas é feita em segredo. Nunca ficamos sabendo dela. Contudo, meus amigos, de algum modo sabemos."


Eu realmente tinha receio da personagem ser chata como tem acontecido em muitos livros “juvenis” por aí, mas isso não aconteceu com Kelsea. Devido à criação que recebeu, e por não ter tido contato algum com outras crianças, ela amadureceu bem rápido. Um pouco graças à rígida doutrina de Carlin, sua mãe adotiva.
Quando bebê, Kelsea precisou ser retirada da fortaleza de Tearling e foi criada completamente isolada de tudo do reino. Por esse motivo, tudo que a princesa sabe sobre o povo que estava destinada a governar é o que leu nos vários livros da biblioteca de Carlin e o que aprendeu em suas aulas com a própria e com Barty, seu pai adotivo. O problema é que grande parte dos acontecimentos é escondida da princesa. Como as pessoas esperam que uma jovem faça um bom governo em um reino caindo aos pedaços sem poder saber toda a história REAL do que aconteceu? Do que sua mãe fez? De que tipo de rainha ela era?

"Tyler prendeu a respiração.
- Uma impressora?
- Vejo esse país inundado de livros, padre. Todos alfabetizados. Livros por toda parte, tão comuns quanto costumavam ser antes da Travessia, disponíveis até para os pobres."

A história de Tearling propriamente dita não é muito explorada nesse volume. Temos alguns vislumbres do que parece ter acontecido, mas tudo é meio nebuloso ainda. Sabemos que tudo acontece no futuro que se assemelha a uma época medieval. Mas como tudo culminou nesse futuro distópico, não sabemos. Há várias referencias a conhecimentos, tecnologias e literatura que temos hoje em dia, mas fica claro que tudo meio se perdeu na Travessia.
Espero que esse ponto tenha sido mais explorado nos próximos dois volumes, que já foram lançados lá fora, sendo que o último saiu em novembro do ano passado.

Um ponto que me irritou um pouco foi a constante descrição de Kelsea como uma moça sem graça, sem atrativos, até feia, em alguns momentos. Acho que uma descrição geral do personagem é até importante, ou desejada, para nos ajudar a imaginar o personagem. Mas a repetição incessante de como ela é feia e sem atrativos me torrou o saco e me levou a impressão de sempre o principal atributo de uma mulher é seu físico.
Para balancear, a autora criou Kelsea como uma personagem, senão magnífica, pelo menos muito interessante. Ela tem a personalidade forte, luta pelos seus ideais e é muitíssimo inteligente e perspicaz. Gente, se a personagem é tão bacana assim, precisa repetir de página em página como ela é feia? Mas eu tenho total consciência de que esse é um ponto que não incomodará a maioria das pessoas, mas eu não podia deixar passar em branco.

"- A primeira página de sua história, Lady. Que seja um grande ato."

Sobre os vilões, não vou falar muito para não acabar soltando algum spoiler, mas eu esperava muito mais da tão famosa, falada e temida Rainha Vermelha. Só deixo aqui que fiquei um pouquinho decepcionada, já que a fama dela me fez pensar em alguém com muito mais atributos. O tio de Kelsea nem é digno de nota, sinceramente. E Fetch é um personagem que só começou a ser explorado, mas que eu acho que ter muito a dar ainda. Vamos esperar pelos próximos capítulos!
E Suma, não demora pra lançar o resto da trilogia não, por favorzinho!
Samy =)
4 estrelas

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