O mundo antes dividido por dois tipos de sangue descobre que há uma mutação genética que permite que pessoas de sangue vermelho tenham poderes ainda mais impressionantes do que os de sangue prateado: os chamados sanguenovos.
Após uma reviravolta surpreendente em sua vida e uma traição inesperada, Mare Barrow passa a ter dois importantes objetivos: recrutar todos os sanguenovos para a Guarda Escarlate e destruir Maven, o novo rei de Norta.
A questão é que o cruel e obcecado Maven tem a lista com os nomes e localização de todos os sanguenovos e está disposto a matá-los antes que sejam encontrados por Mare e a Guarda.
“Nos últimos dias, acordei numa cela de prisão e depois num trem. Agora num barco subaquático. Onde vou acordar amanhã? Estou começando a pensar que tudo isso foi um sonho, ou uma alucinação, ou alguma coisa pior. Mas dá para sentir cansaço num sonho? Porque com certeza estou cansada. Minha exaustão penetra cada osso, músculo e nervo. Meu coração é como uma ferida, ainda sangrando pela traição e pelo fracasso.”
Agarrada ao seu novo lema, que
diz que todo mundo pode trair todo mundo, a jovem garota elétrica passa a agir
como uma líder da revolução, já que é temida por muita gente.
Muitos sanguenovos são
encontrados e se juntam ao time de Mare – alguns por pura falta de opção –, e novos
poderes incríveis são descobertos.
Porém, a disputa está cada vez
mais acirrada e muito sangue, tanto vermelho quanto prateado, é derramado a
cada passo que os integrantes da Guarda Escarlate dão.
“Ele só pode assistir enquanto grito, um urro indecifrável de frustração, e meu sangue se une ao de Cal atrás do vidro. O vermelho escorre sobre o prateado, e ambos se misturam numa cor mais escura.”
Mare se torna uma garota cada vez
mais solitária, indecisa, desconfiada e egocêntrica. Por mais que tenha motivos
de sobra para ter se tornado uma pessoa completamente diferente de quem era, a
forma como começa a lidar com as situações acaba por fazer com que até mesmo as
pessoas que a amam se afastem e a temam.
Ela deixa claro para Kilorn, seu
melhor amigo desde a infância, que nunca serão mais do que isso e demonstra um
forte apego por Cal, o príncipe exilado, que se mostra leal à causa, mesmo que
os vermelhos não tolerem bem o fato de terem um prateado entre eles. Porém,
Mare ainda se pega pensando em quem acreditou que Maven era, o menino por quem
acabou se apaixonando antes de conhecer seu pior lado.
A autora, assim como em A rainha vermelha, primeiro volume da série, aposta em muitas cenas de ação de tirar o
fôlego e muitas reviravoltas, o que deixa a leitura bastante envolvente. Porém,
alguns trechos de Espada de vidro foram demasiadamente descritivos na minha
opinião, falando minuciosamente de cenários e paisagens, o que considero
extremamente cansativo e dispensável.
Aliás, esse é o meu maior
problema com séries: sempre fico com a impressão de que o autor está estendendo
onde não precisa apenas para que sobre assunto para o próximo volume. Gostei
muito do livro, mas não tanto quanto do primeiro e fiquei com a sensação de que
com 100 páginas a menos ele estaria ótimo.
Mare, uma personagem que amei no
primeiro livro, começou a me irritar neste com suas atitudes (e pensamentos, já
que ela é a narradora), gerando certa antipatia. Vamos ver como será seu
comportamento na sequência, mas confesso que já estou um pouco resistente com o
que pode vir pela frente.
“Tento não pensar no rosto dos mortos. Passar o tempo todo correndo para sobreviver é uma distração eficaz, mas mesmo a ameaça constante de aniquilação não é capaz de bloquear tudo. Algumas perdas são impossíveis de esquecer. (...) A minha existência foi a sentença de morte deles. E, claro, há aqueles que matei diretamente, por escolha própria, com minhas próprias mãos. Mas esses não lamento. Não posso pensar no que fiz, não agora. Não quando ainda corremos tanto perigo.”
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