Arthur Conan Doyle Companhia das Letras

O Livro de Moriarty de Arthur Conan Doyle

00:00Samy


Esses dias chegou aqui em casa um dos lançamentos da Cia das Letras em parceria com a Penguin, Penguin-Companhia, O Livro de Moriarty. Como uma boa fã de Sherlock Holmes e todo o seu “universo”, fiquei super curiosa para ler. Obviamente nenhum dos contos é novo, mas fizeram um belo apanhado de todas as histórias que fazem alguma menção ao Napoleão do Crime, como Moriarty é chamado pelo próprio Holmes.

O livro é relativamente curto e muito rápido de ler. É composto por 6 contos e uma história longa, O Vale do Medo. A ordem dos contos obedece a ordem de lançamento, sendo a primeira aparição do famigerado vilão no conto O Problema Final. O apanhado para essa obra foi feito de maneira que qualquer conto que houvesse mesmo que uma leve menção a Moriarty, já fosse suficiente para entrar aqui.

"É com pesar no coração que me ponho a registrar estas palavras - as últimas que jamais escreverei sobre os extraordinários talentos de meu distinto amigo, o sr. Sherlock Holmes."

Vale mencionar também a Introdução feita por José Francisco Botelho. Ele fez um apanhado histórico sobre nosso amado detetive e seu autor, Sir Arthur Conan Doyle. Ficou muito interessante e bem informativo para quem não tem conhecimento mais a fundo sobre esse universo Doyliano ou Sherlockiano.

Para resumir os contos presentes na obra, temos O Problema Final, que foi o único conto escrito no qual Moriarty realmente tem seus crimes mais “expostos” – já que nas outras histórias fica apenas a sugestão de Holmes de que a teia de Moriarty é bem mais ampla do que imaginamos. Em seguida temos A Aventura da Casa Vazia, O Caso do Construtor de Norwood, O Caso do Jogador de Rúgbi, Sua Última Mesura e O Caso do Cliente Ilustre. Sou suspeita para falar, mas gosto muito de todos esses, e embora O Caso do Jogador de Rúgbi tenha um início que considero um pouco enfadonho, seu desenrolar muito me agrada.



"Mas naquele momento me tornei um criminoso; cúmplice num assassinato, para sempre perdido neste mundo e condenado no próximo.

Por último, mas não menos importante, sobre a edição em si... achei a imagem da capa belíssima e combinou perfeitamente com a proposta da obra. Como sempre o trabalho de revisão da Companhia foi impecável, não ficando erros o suficiente para chamar a atenção ou incomodar de qualquer outra maneira. 

As folhas grossas e amareladas, como é de costume, dão um conforto a mais na hora da leitura!

O único porém que vi na edição é que pelo fato de não haver orelhas e a capa ser bem fina, ela “amassa” muito facilmente, ficando aberta. Eu não tenho costume de abrir o livro completamente, mas mesmo abrindo pouco mais de 90 graus, foi o suficiente para que quando o livro fosse fechado, a capa permanecesse aberta. Para conseguir deixar a capa fechada novamente, apenas deixando outros livros em cima para fazer um peso, após acabar a leitura. Mesmo assim não ficou fechadinha perfeitamente.

De resto, embora não tenha sido de história inédita, foi um lançamento muito interessante e que qualquer fã aficionado do detetive vai querer ter na estante!





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