Na coluna desta semana, vou falar sobre a importância de saber silenciar. Como no ditado: "A palavra é prata, o silêncio é ouro."
Vemos e/ou ouvimos coisas das quais não gostamos ou concordamos. Algumas podem ser em relação a outras pessoas, mas, às vezes, são dirigidas a nós. E então, o que fazer? Revidar na mesma moeda, contar até 10 (e ser educados) ou deixar passar?
Por quase toda minha vida, deixei passar. Até porque, quando revidava – mal de libriano –, acabava por achar que o outro estava certo por ter agido de maneira X ou Y comigo.
Hoje, não mais. Não sei se é a (matur)idade, a yoga ou os anos de terapia. O fato é que aprendi a discernir quando falar e quando calar. E, acima de tudo, como falar – no caso em que as palavras são essenciais.
Mesmo assim, estamos sujeitos a má interpretações, a reações as mais diversas, afinal a gente nunca sabe que "inseguranças" nosso interlocutor está a enfrentar em seu íntimo.
Daí me lembro de duas citações, das quais gosto mais e mais a cada dia. A primeira não sei de quem é, mas ensina: "Sou responsável pelo que falo, não pelo que você entende."
A segunda é do escritor Henry James: "Existem três coisas importantes na vida do ser humano: a primeira é ser gentil; a segunda é ser gentil; e a terceira é ser gentil."
Para terminar, cito um pensamento geralmente atribuído ao velho Bukowski, mas que na verdade é de Bertrand Russell: "A causa fundamental dos problemas no mundo de hoje é que os estúpidos são convencidos enquanto os inteligentes são cheios de dúvidas."
E, como dica, deixo o filme "O Silêncio", do mestre Ingmar Bergman. Ali se percebe que se pode dizer muito, muitíssimo, sem emitir som quase que nenhum.
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