A partir dessa premissa, entramos em uma narrativa repleta de reflexões sobre o passado, o presente o futuro. Julián conta a sua trajetória enquanto analisa as suas atitudes, as suas escolhas, erros e acertos. Enquanto discorre sobre os relacionamentos que teve e os amores que chegaram ao fim, ele conta, com sinceridade e profundidade, todos os seus arrependimentos, descrevendo a sensação de solidão e de abandono que o rodeia.

“Seria preferível fechar o livro, fechar os livros, e enfrentar, sem mais, não a vida, que é muito grande, mas a frágil armadura do presente.”

Mas na noite que Verônica não volta, todas as suas reflexões precisam ser deixadas de lado para que ele passe a encarar o futuro. O futuro sem Daniela, as noites sem companhia e as histórias sobre árvores que ficaram sem um final.

Zambra tem o dom de encantar com poucas palavras e de transformar as banalidades do cotidiano em poesia. Ele escreve de forma leve e humana, e cria personagens sinceros e complexos. Sua histórias valem a pena e merecem ser lidas e relidas... 

Espero que aproveitem a dica!