Crítica Editora Gutenberg

Salve-me, de Maya Banks

00:00Angélica Pina

Arial é uma garota de 23 anos que passou sua vida sendo extremamente protegida pelos pais Gavin e Ginger Rochester, que a encontraram em um cesto, abandonada na porta de casa, em uma noite de Natal quando ainda era um bebê. 

Após várias tentativas frustradas de ter um filho, o casal prometeu cuidar daquela garota da melhor forma que pudessem, além de amá-la incondicionalmente. E foi o que fizeram, criando-a com um zelo excessivo, principalmente por um motivo: Ari possui um “dom especial”, um poder que a diferencia do resto das pessoas, que é a telecinese, capacidade de mover objetos com a força de sua mente.

Orientada a nunca contar a ninguém e mostrar seus poderes, Ari cresceu sem muita liberdade e desconhecendo o que era ter uma vida normal. Quando um incidente a coloca em risco, Ari vê-se obrigada a fazer uso desses poderes e isso acaba sendo gravado e o vídeo espalha-se rapidamente pela internet e pela mídia. Os pais decidem fugir do país para escondê-la das especulações, mas acabam desaparecendo antes que pudessem conseguir.

Arial, sempre extremamente protegida, percebe-se sozinha no mundo, completamente desamparada e enlouquecida com a ideia de perder seus pais. E é aí que decide procurar Caleb e Beau Devereaux, uma recomendação que seu pai tinha dado há algum tempo, caso ela precisasse de ajuda.

Ao chegar à Devereaux Security Services, empresa de segurança que os irmãos Devereaux criaram após os terríveis acontecimentos envolvendo Tori, Caleb e sua agora esposa Ramie, Arial é recebida por Beau, um homem grande, ríspido e intimidador, que promete ajudá-la a encontrar seus pais e rapidamente envolve-se no caso.
E é aí que começam a acontecer situações misteriosas e perigosas, além das evidências de envolvimento dos pais adotivos de Ari com Franklin Devereaux, pai de Beau.

“A derrota era simplesmente a ausência de esperança. E até que tivesse esgotado a última gota de esperança, Ari não iria – jamais iria – aceitar a derrota. Era uma promessa que ecoava em sua mente, fazendo desaparecer todo o resto naquele momento.”

Salve-me é o segundo volume da trilogia Slow Burn. No primeiro, Proteja-me, conhecemos a história de Caleb e Ramie. Neste segundo, eles aparecem como personagens secundários e o protagonista agora é o outro irmão Devereaux. 

Assim como na história anterior, a narrativa é em terceira pessoa e o leitor tem acesso aos pensamentos e sentimentos de todos os personagens.

Maya Banks utiliza a mesma fórmula: suspense e mistério que fazem o leitor ficar apreensivo e ansioso pelo desfecho, mesclados com um toque sensual de romance e algumas cenas eróticas.

“Ele não estava admitindo abertamente o que seu coração já sabia. A verdade o atingiu com a força de um trem em alta velocidade. Será que ele a amava? Porque aquilo certamente se parecia com amor. Ou ao menos com o que ele achava que era amor. Com certeza nada seria tão poderoso e intenso assim.”

Os personagens são muito bem construídos e saber que iremos encontrá-los no terceiro volume da série é mais um motivo para eu já estar curiosa para saber quem serão os protagonistas do próximo livro.

“Resistir às provações que viriam pela frente – e não ficar incapacitada depois de passar por elas – seria o mais difícil teste para as forças de Ari. E Beau não estaria ali para ajudá-la depois, para paparicá-la e reconfortá-la. Mas por seus pais, por ela mesma e por Beau, Ari iria suportar o que viesse pela frente. E que Deus ajudasse seus inimigos quando ela finalmente libertasse seus poderes com toda a fúria. Seus dons, que, pela primeira vez na vida, Ari abraçou por completo e sentiu-se grata por tê-los.”


*Nós do Universo dos leitores recebemos da editora uma prova antecipada da obra. 

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