Crítica
Editora Guarda-Chuva
Nin (naked for no reason), a revista erótica da Editora Guarda-Chuva
00:05Universo dos Leitores
Nin (naked for no reason), é a revista semestral de arte erótica que foi criada por Alice Galeffi e Letícia Gicovate, e que será publicada semestralmente pela Editora Guarda-Chuva. A proposta da revista é abordar o erotismo e a sexualidade por meio de fotografias, textos, poesias e artigos.
Esse primeiro volume tem como destaque uma entrevista com Ilona Staller, que gosta de ser chamada de CICCIOLINA e é reconhecida como símbolo sexual e ícone pornô, além de ter marcado uma época com a sua atitude firme, os seus posicionamentos controversos e o seu incansável engajamento político. Ao longo da conversa, temas como machismo, feminismo e indústria pornô são discutido com leveza e seriedade, apresentando pontos de vista diferentes e inteligentes.
Esse primeiro volume tem como destaque uma entrevista com Ilona Staller, que gosta de ser chamada de CICCIOLINA e é reconhecida como símbolo sexual e ícone pornô, além de ter marcado uma época com a sua atitude firme, os seus posicionamentos controversos e o seu incansável engajamento político. Ao longo da conversa, temas como machismo, feminismo e indústria pornô são discutido com leveza e seriedade, apresentando pontos de vista diferentes e inteligentes.
Apesar da entrevista ter sido interessante, o que realmente me chamou a atenção nesse volume foram os artigos "Erotismo, sensualidade e sexualidade como potências da vida", de João da Mata, doutor em psicologia pela UFF e doutor em sociologia pela Universidade de Lisboa, e "Sexo e Desigualdade", de Ronaldo Lemos, advogado, diretor do Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio de Janeiro, e apresentador do programa Navegador, da Globonews.
Enquanto o primeiro discorre sobre a visão social do sexo, do erotismo e da pornografia, demonstrando que esses conceitos se confundem e fazem com que os temas sejam considerados tabus sociais, o que reprime os estímulos e impede o desenvolvimento de uma vida erótica, baseada nas nossas experiências diárias, o segundo apresenta reflexões interessantes sobre a relação que entre o sexo e as divisões sociais e raciais dentro de uma sociedade.
Com olhares críticos e inovadores, ambos analisam a nossa estrutura social, demonstrando o quanto somos limitados pelas imposições culturais, pelos tabus e pelos medos, e deixando claro que o sexo pode acontecer simplesmente por prazer, ao mesmo tempo em que pode ser utilizado para algum benefício próprio (como poder e status).
Se não bastasse tudo isso, nas páginas desse exemplar você encontrará fotografias que mostram a beleza do homem e da mulher, outras que revelam o quanto os atos sexuais são comuns e outras que chocam pela força e pelas imagens explícitas. Trabalhos artísticos, bonitos ou não, mas que possuem uma qualidade indiscutível dentro das emoções que objetivam causar.
Os poemas e os textos eróticos também são excelentes! Me diverti muito com "A Estranha Vida Sexual dos Pais", de Patrícia Corso, que demonstra com bom humor o quanto é difícil fazer sexo quando o casal tem filhos pequenos e o quanto um momento prazeroso acaba se transformando em algo mecânico ou em obrigação. Também gostei da forma natural com a qual o desejo e o ímpeto sexual foi abordado no texto "Um Homem no Metrô".
Um trabalho incrível e cuidadoso, que aborda temas comuns a todos, fala sobre a sociedade e sobre os desejos naturais. Vale a pena conferir!
Enquanto o primeiro discorre sobre a visão social do sexo, do erotismo e da pornografia, demonstrando que esses conceitos se confundem e fazem com que os temas sejam considerados tabus sociais, o que reprime os estímulos e impede o desenvolvimento de uma vida erótica, baseada nas nossas experiências diárias, o segundo apresenta reflexões interessantes sobre a relação que entre o sexo e as divisões sociais e raciais dentro de uma sociedade.
Com olhares críticos e inovadores, ambos analisam a nossa estrutura social, demonstrando o quanto somos limitados pelas imposições culturais, pelos tabus e pelos medos, e deixando claro que o sexo pode acontecer simplesmente por prazer, ao mesmo tempo em que pode ser utilizado para algum benefício próprio (como poder e status).
Se não bastasse tudo isso, nas páginas desse exemplar você encontrará fotografias que mostram a beleza do homem e da mulher, outras que revelam o quanto os atos sexuais são comuns e outras que chocam pela força e pelas imagens explícitas. Trabalhos artísticos, bonitos ou não, mas que possuem uma qualidade indiscutível dentro das emoções que objetivam causar.
Os poemas e os textos eróticos também são excelentes! Me diverti muito com "A Estranha Vida Sexual dos Pais", de Patrícia Corso, que demonstra com bom humor o quanto é difícil fazer sexo quando o casal tem filhos pequenos e o quanto um momento prazeroso acaba se transformando em algo mecânico ou em obrigação. Também gostei da forma natural com a qual o desejo e o ímpeto sexual foi abordado no texto "Um Homem no Metrô".
Um trabalho incrível e cuidadoso, que aborda temas comuns a todos, fala sobre a sociedade e sobre os desejos naturais. Vale a pena conferir!
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