Cumbe, de Marcelo d'Salete, foi contemplado com o prêmio ProAC – Programa de Ação Cultural do Estado de São Paulo no ano de 2013, e publicado em uma edição especial pela Editora Veneta.
Com quatro histórias sobre o período da escravidão, Marcelo d'Salete consegue encantar, emocionar e prender a atenção do leitor com a técnica de dizer pouco e mostrar muito. É que as histórias contém poucos diálogos, mas diversas ilustrações impactantes e bonitas, que mostram com riqueza de detalhes os cenários e as expressões dos personagens, revelando muito sobre os seus sentimentos e as suas angústias.
As narrativas desta HQ apresentam relatos de negros que mesmo diante da opressão social, da discriminação racial e da pobreza optam por não desistir, agem com coragem, lutam pela liberdade (mesmo que às escondidas), tem fé e acreditam no amor.
O interessante desse trabalho é que ele consegue conferir poesia ao que inicialmente é apenas triste. Consegue colocar beleza onde só existe sofrimento. Não tem como virar cada uma dessas páginas sem parar para refletir no quão cruel podem ser os seres humanos e no quão sem sentido é o preconceito.
Vale destacar que os títulos das histórias e algumas expressões utilizadas nos diálogos são completamente desconhecidas. Você vai ler Malungo, Mocambo, Quibungo etc. Com isso, no final da edição existe um Glossário explicativo.
A título de exemplo, adianto para vocês que Cumbe significa quilombo e também tem o sentido de sol, dia, luz, fogo e força. Mas não se enganem! Mesmo sendo a história que deu título à HQ, não é a única que emociona. Eu fiquei engasgada logo na primeira narrativa, Calunga, quando percebi a intensidade do amor do escravo Valu pela sua pequena Nana.
Com quatro histórias sobre o período da escravidão, Marcelo d'Salete consegue encantar, emocionar e prender a atenção do leitor com a técnica de dizer pouco e mostrar muito. É que as histórias contém poucos diálogos, mas diversas ilustrações impactantes e bonitas, que mostram com riqueza de detalhes os cenários e as expressões dos personagens, revelando muito sobre os seus sentimentos e as suas angústias.
As narrativas desta HQ apresentam relatos de negros que mesmo diante da opressão social, da discriminação racial e da pobreza optam por não desistir, agem com coragem, lutam pela liberdade (mesmo que às escondidas), tem fé e acreditam no amor.
O interessante desse trabalho é que ele consegue conferir poesia ao que inicialmente é apenas triste. Consegue colocar beleza onde só existe sofrimento. Não tem como virar cada uma dessas páginas sem parar para refletir no quão cruel podem ser os seres humanos e no quão sem sentido é o preconceito.
Vale destacar que os títulos das histórias e algumas expressões utilizadas nos diálogos são completamente desconhecidas. Você vai ler Malungo, Mocambo, Quibungo etc. Com isso, no final da edição existe um Glossário explicativo.
A título de exemplo, adianto para vocês que Cumbe significa quilombo e também tem o sentido de sol, dia, luz, fogo e força. Mas não se enganem! Mesmo sendo a história que deu título à HQ, não é a única que emociona. Eu fiquei engasgada logo na primeira narrativa, Calunga, quando percebi a intensidade do amor do escravo Valu pela sua pequena Nana.
Leituras como essa, além de nos permitir voltar no tempo e relembrar os fatos trágicos que marcaram a nossa história, fazem com que a gente reflita no hoje, afinal, vivemos em um mundo que ainda exclui, que ainda discrimina. Um mundo em que impera o preconceito, ainda que de forma velada.Quem me dera se todos compreendessem a importância da igualdade, do respeito ao próximo e da luta pela paz.
Quem me dera se as pessoas entendessem o sentido do que disse o Falcão, cantor da banda O Rappa: "A cor da pele não e nada, perto do seu coração e da sua cabeça pensante, positiva."
Quem me dera se as pessoas entendessem o sentido do que disse o Falcão, cantor da banda O Rappa: "A cor da pele não e nada, perto do seu coração e da sua cabeça pensante, positiva."
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