A arte: conversas imaginárias com a minha mãe
Crítica
A arte: conversas imaginárias com a minha mãe, de Juanjo Sáez
00:00Universo dos Leitores
"A ARTE não é só uma REPRESENTAÇÃO da realidade a arte pode criar sua própria realidade, por exemplo a pintura pode representar uma paisagem que não existe."
Eu não sei nada sobre obras de arte, mas sempre que posso paro um tempo para admirá-las. Costumo ir as algumas exposições, gosto de visitar museus e por muitas vezes me descubro encantada com um quadro novo, uma escultura diferente etc. Acontece que não entendo de estilo, de traço, de período artístico etc. E agora, lendo "A Arte: conversas imaginárias com a minha mãe", eu descobri que isso não é um problema, afinal, a arte (assim como a vida) não foi feita para ser entendida, mas sim para ser apreciada!
Por meio de conversas leves e agradáveis com a sua mãe, o artista espanhol Juanjo Sáez escreveu um livro que é uma verdadeira declaração de amor ao mundo das artes. Com uma delicadeza ímpar e ilustrações marcantes e bem coloridas, ele fala sobre vários artistas e sobre as reações que as suas obras podem causar nas pessoas.
O interessante é que ao mesmo tempo em que os diálogos são sutis e bem humorados, eles levantam reflexões sobre a nossa vida, as nossas escolhas e a forma como nós enxergamos a vida e a arte. O ponto central é que as duas coisas variam de acordo com a nossa percepção. O que é belo para uns, não é para outros. O que encanta alguns, espanta outros... Enquanto uns buscam algo preciso e completo, outros querem a imprecisão, a incerteza, a possibilidade de descobrir algo além... E por aí vai!
"Só é possível sentir a liberdade no dia em que renunciamos a ela..."
Um ponto que merece destaque nesse trabalho é que ele foi feito em um formato de rascunho, então nós conseguimos ver as alterações no texto, as mudanças das palavras e até mesmo desenhos incompletos, sem olhos ou bocas. Esse diferencial contribuiu para o encanto com o livro, que sem dúvida é daqueles que vale a pena ter na estante...
Vale dizer que esse não é um livro técnico sobre arte, mas sim um livro de entretenimento, que aborda a arte de forma simples, sutil e poética, demonstrando que ela é acessível a todos, que ela faz parte da nossa vida e está em tudo o que olhamos ou fazemos.
Um capítulo que eu gostei muito foi o capítulo em que o autor passeou no museu com a sua mãe. Ela sentiu várias emoções, relembrou vários momentos da vida, mas ao final, só conseguiu dizer que não havia entendido nada. Foi interessante perceber que muitas vezes, quando queremos entender demais uma coisa, tiramos todo o seu encanto, toda a sua beleza...
Abram esse livro com o coração aberto! Vivam uma experiência diferente e simplesmente APRECIEM!
Vale dizer que esse não é um livro técnico sobre arte, mas sim um livro de entretenimento, que aborda a arte de forma simples, sutil e poética, demonstrando que ela é acessível a todos, que ela faz parte da nossa vida e está em tudo o que olhamos ou fazemos.
"tanto na vida como na arte, muitas é vezes é preciso escolhe entre sentir ou entender."
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