Clássicos Zahar Crítica

Rei Arthur e os Cavaleiros da Távola Redonda, de Howard Pyle

00:00Universo dos Leitores

"Sim, aquele que é um verdadeiro rei entre os homens não dirá para si mesmo: "Olhem! Sou digno de ser coberto de louros", mas sim "O que mais posso fazer para que o mundo seja um lugar melhor graças aos meus esforços?"

Escrito e ilustrado por Howard Pyle, Rei Arthur e os Cavaleiros da Távola Redonda é um livro repleto de aventuras, emoções e ensinamentos. A história, que é contada por um narrador observador, que conversa com o leitor e faz observações como se estivesse ao lado dele, narra a trajetória do Rei Arthur e dos seus mais corajosos cavaleiros.

 Com muitos duelos, muitas lutas por poder, honra, vaidade e até amor, os capítulos são curtos e a linguagem é acessível, tornando a leitura rápida e envolvente. 

 A primeira parte do livro conta a trajetória do Rei Arthur, fala da sua honra, da sua coragem, da confiança que ele tem no mago Merlin, do seu amor por Guinevere e também da formação da Távola Redonda. 
"A verdade é que não tinha se dado conta do que tinha feito ao retirar a espada da bigorna, e nem sabia que grandes acontecimentos viriam daquele evento tão pequeno, pois assim é nesse mundo, que um homem às vezes prove ser digno de uma confiança tão grande como aquela, e no entanto, tenha o- espírito tão humilde, que nem mesmo saiba ser digno dela. E assim foi com o jovem Arthur naquela ocasião."
Já na segunda parte do livro, intitulada O Livro dos Três Homens Notáveis, conhecemos a história do mago Melin e a sua paixão por Vivien, que acabou levando à sua destruição, e também descobrimos o que aconteceu com Pellias e Gawaine, dois homens notáveis e honrados da Corte do Rei Arthur. 
"Pois não há maior amargura no mundo que esta: que um homem seja traído por alguém a quem ele próprio deu os meios para traí-lo."
Vale destacar que a história do Rei Arthur e dos seus cavaleiros foi escrita no ano de 1903 e é considerada um mito, tendo sido estudada e analisada por diversos autores ao longo dos últimos séculos, já que contém referências à cavalaria, ao cristianismo e ao paganismo. 

 Sobre a edição, o livro tem capa dura, folhas amareladas, uma apresentação incrível de Lênia Márcia Mongelli e ilustrações originais maravilhosas. Além dessa versão, que é comentada e ilustrada, a Zahar também publicou a edição bolso de luxo, que ficou tão linda quanto (veja aqui). 

 Leitura indicada... ♥
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