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13 motivos para ler Filhos do Fim do Mundo

00:30Universo dos Leitores

Olá Leitores!

Na semana passada postei uma resenha sobre o livro Filhos do Fim do Mundo, do Fábio M. Barreto, que eu li em uma madrugada, já que simplesmente não consegui largar. A história, eletrizante, envolvente e inteligente, começa às 00:00 horas, do dia 24 de dezembro, momento em que todas as crianças e seres vivos menores de 1 ano morrem sem razão aparente. 
Se a minha resenha te deixou em dúvida sobre ler ou não ler o livro, não tem problema. Hoje, o próprio livro vai te convencer! Confiram abaixo 10 passagens da história e percebam o quanto vale a pena mergulhar no universo apocalíptico do super Barreto:

1) “Seu filho estava morto. Todas as crianças da maternidade estavam mortas. Todas. Atrás dele, o relógio marcava meia-noite e cinco minutos. A luz verde do calendário eletrônico brilhava com ar fúnebre. Eram os primeiros minutos do fim do mundo.” 

2) "O medo minou a fé, implodiu a lógica e aprisionou a esperança."

3) "- Mas você não tem fé… – argumentou a Mãe debilmente. Fé e jornalismo nunca combinaram. A natureza antagônica da fé e do fato separa um jornalista de um devoto por quilômetros de distância. Acreditar sem provas, provar sem crença. Uma equação eterna e sem resposta."

4) "– É o Apocalipse! – comentou uma delas em voz mais alta. – As crianças foram arrebatadas e os fiéis serão os próximos! Precisamos ter fé! Deus escolheu nossa cidade para mostrar ao mundo que Jesus vai voltar! Somos abençoados!"

5) "Trocaram olhares fixamente enquanto as mentes trabalhavam de maneira voraz para confirmar a conclusão assustadora à qual chegaram por instinto. O resultado da equação sugeria algo mórbido demais mesmo para dois veteranos. O cenário se complicava com velocidade assustadora. A cada nova informação, teorias caíam por terra, a lógica deixava de existir e nem mesmo as probabilidades científicas se aplicavam."

6) "Uma verdade como essas dói tanto que arranca a vontade sem aviso, como uma mão invisível levando embora o desejo de viver. Teve vontade de deitar-se novamente, na esperança de estar num pesadelo dentro de outro pesadelo. Queria acordar de ambos. Um beliscão seria pouco. Ponderava sobre a necessidade de algo mais forte, algo capaz de tirá-lo daquele devaneio maldito. Não podia. Não sonhava."

7) "O jogo político é encenado e arquitetado. A realidade não tem meias-verdades, especialmente quando se é criança. Como macular uma alma tão doce com uma notícia tão catastrófica e inesperada? O destino havia maquinado um plano inevitável e a pequena confrontaria os efeitos da noite anterior de forma avassaladora, em seu próprio mundo, de um jeito que só ela vai entender."
8) "O Governador percebeu que ela segurava algo. Olhou para a esposa e viu toda aquela tristeza em seus olhos. Viu compaixão e incapacidade perante uma situação incontornável. Não sabia como nenhum daqueles pais e mães que perderam os filhos se sentiram, e sentiam, desde a catástrofe, mas acabara de experimentar os efeitos da mazela. Ele ainda não conhecia o sentimento em primeira mão, mas experimentara algo pior: a Filha sabia exatamente o que cada uma daquelas pessoas havia sentido. O filhote continuava em seus braços, enquanto olhava para o Pai, esperando que ele fizesse um milagre."

9) "Conhecia os homens. Presenciou os efeitos da essência destrutiva por interesses mesquinhos e não teve dúvidas quanto às possíveis reações causadas pelo encerramento da vida. Insegurança e medo mudam as pessoas. Em lugares onde o banho de sangue é comum nem notarão a diferença. O caos vai acontecer quando essa loucura chegar às cidades do mundo civilizado. A descoberta da violência é mais explosiva e assustadora que a repetição de um ritual cotidiano, por mais grotesco e sanguinário que seja."

10) "O Repórter sorriu. Vislumbrou esperança em sua busca mesmo perante a onda de desespero contra a qual lutava. Por mais ínfima que fosse, essa luz no fim do fosso provocou um sorriso. Ele queria acreditar. Acima de tudo, ele queria acreditar."

11) "Quem conhece as verdades em primeira mão, nunca diz que “a verdade dói”. Isso é algo que se sente e não se deseja a ninguém. Ilusões constroem verdades mais tênues e aceitáveis, desprovidas da natureza crua e irrefutável do fato em si."

12) "– Acredito no que está ao meu alcance. 
– E o que seria isso, nesse momento? 
– Preparar meus homens para um longo inverno e pensar num jeito de manter a vida. Não como ela é hoje, mas um tipo aceitável de vida. Até podermos recomeçar – explicou o Major."

13) "A hora é de adversidade e dúvida. Somos constantemente lembrados da tristeza e da fragilidade humana e, mesmo assim, podemos encontrar alegria em pequenos momentos; esperança em ações triviais; e fé num único sorriso ou gesto de amor. Precisamos enfrentar essa provação e garantir a nós mesmos que somos merecedores do ato de estar vivo." 

Depois de tudo isso, não preciso dizer mais nada. Acredito que todos vão começar a ler o livro AGORA. Boa leitura, então...





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