Crítica
Crônica de uma morte anunciada
Crônica de uma morte anunciada, de Gabriel García Márquez
00:00Universo dos Leitores
Neste livro, Gabriel García
Márquez não se preocupou em manter segredos! Logo na primeira página contou ao
leitor que Santaigo Nasar iria morrer. Sem meias palavras ou tentativas de
ludibriar a nossa mente, ele iniciou o livro com a seguinte frase:
“No dia em que o matariam, Santiago Nasar levantou-se às 5h30m da manhã
para esperar o navio em que chegava o bispo.”
A partir desse momento, começaram
as explicações sobre o fato. Acontece que na noite antes do trágico
acontecimento, o povoado colombiano onde se passa a história foi palco de uma
grande e luxuosa festa de casamento. Em razão dos fatos que lá ocorreram, o dia
amanheceu com a notícia de que Santiago seria assassinado. A notícia se tornou
uma grande fofoca na cidade, mas ninguém conseguiu avisar o rapaz. Uns
ignoraram o fato, pensando que era fofoca, outros não tiveram tempo para
procurá-lo e outros preferiram não se envolver.
Com base nessas premissas, o
escritor desenvolveu um livro com estilo jornalístico em que reconstruiu os
fatos que levaram à morte de Santiago por meio das opiniões das pessoas que
conviviam com ele e que estavam na festa. Com uma narrativa sem ordem
cronológica e absolutamente criativa, somos conduzidos a uma história
inteligente e marcante.
É preciso mencionar que os fatos foram descritos de forma rápida e direta, mas mesmo assim o escritor se preocupou em discorrer sobre os sonhos e os desejos dos personagens, o que enriqueceu a obra e reforçou o caráter de proximidade entre o narrador e os fatos descritos por ele. Além disso, o cenário foi construído com riqueza de detalhes, o que trouxe uma intensidade incrível para a narrativa e para a obra.
É preciso mencionar que os fatos foram descritos de forma rápida e direta, mas mesmo assim o escritor se preocupou em discorrer sobre os sonhos e os desejos dos personagens, o que enriqueceu a obra e reforçou o caráter de proximidade entre o narrador e os fatos descritos por ele. Além disso, o cenário foi construído com riqueza de detalhes, o que trouxe uma intensidade incrível para a narrativa e para a obra.
“De repente senti os dedos ansiosos que abriam os botões da minha
camisa, senti o cheiro perigoso da fera de amor deitada às minhas costas, e
senti que me afundava nas delícias das areias movediças de sua ternura. Mas
parou de súbito, tossiu de muito longe e saiu da minha vida.”
“Estavam há três noites sem dormir, mas não podiam descansar, porque
tão logo começavam a dormir voltavam a cometer o crime.”
O destaque da obra é que por meio dela “Gabo” não só apresentou uma nova fórmula de narrativa, como também criticou a sociedade no que tange ao preconceito e à imposição de uma forma de conduta. Da mesma forma, ele demonstrou o peso da culpa e do remorso e tratou sobre o perdão, o tempo e a importância dos sentimentos.
“Pela primeira vez dona de seu destino, Ângela Vicário descobriu então
que o ódio e o amor são paixões recíprocas. (...)”
Não se engane! Mesmo ciente da
morte do personagem logo no início, o clima de tensão, suspense e segredos é
preservado durante todo o livro!
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