Angélica Pina
Crítica
Quilômetros de Saudade, de Angélica Pina, por Laila Perdigão
19:16Universo dos Leitores
Esse é um post especial... Amigas há muitos anos, Laila e Angélica (junto a Naiane) faziam
parte do popularmente conhecido como "trio parada dura" da PUC Minas até
os meados de 2009. Cada uma das três seguiu um caminho, mas Laila
e Angélica continuam até hoje a poucos quilômetros de distância e com a
amizade sempre presente, ainda que o corre corre do dia a dia não
permita tantos encontros como ambas desejam.
Esse final de
semana, Laila leu seu livro "Quilômetros de Saudade" e, claro,
derreteu-se com um romance digno de vida real! Como jornalista ela
não encontrou palavras para descrever ao público uma resenha sobre o
livro. Como amiga, ela procurou buscar palavras lá no fundinho da alma
para dizer à Angélica o que foi vivenciar cada linha desse conto, e
agradecer por abrir as esperanças que ela tinha deixado lá trás na
última desilusão amorosa.
Então, aqui estão as palavras para você, Gege:
Não sei como consegui me recuperar depois desse livro. Ontem cheguei em casa e resolvi ler um pouco antes de dormir. Bom, o “pouco” que pensei eram alguns capítulos, mas a cada capítulo que lia queria mais e mais chegar no outro, no outro e no outro. Sabe aquele livro que te consome de tal maneira que você esquece até de comer? Exatamente assim é “Quilômetros de saudade”. Eu só consegui dormir depois de terminar o livro, foram 4 horas intensas, vendo o sol entrando no meu quarto e dando “bom dia”, e com muito choro. Sim, eu chorei como uma adolescente sonhando em ser a Cinderela resgatada pelo Príncipe Encantado.
Esse livro tem um sentimento, uma pitada especial para mim, já que a autora e eu estudamos juntas, formamos juntas na PUC- MG em 2009 e somos amigas desde 2005. Nós não sabíamos como era estudar sem a outra e compartilhamos trabalhos, conversas, risadas, provas, casamento da Angélica que eu fui madrinha e por aí vai... Fizemos muitas coisas juntas! Quando comecei a ler a história de Daniela, Leticia e Aline era como se tivesse voltado no túnel do tempo e toda nossa história estivesse sendo reescrita, mas dessa vez com um final bem diferente da que vivemos hoje.
Qual mulher não sonha com seu príncipe encantado vindo te buscar num cavalo branco? Daniela beijou alguns sapos até encontrar seu príncipe, que veio ao seu encontro pelo voo direto até o Aeroporto de Confins, em Belo Horizonte. Uma história de amor moderna, simples, factual e, principalmente, passível de realidade. Eu mesma, já me apaixonei por quem estava longe, conversávamos todos os dias, íamos “dormir” quase juntos, quando um não resistia mais teclar pelo celular e caia no sono. Mas, infelizmente o meu rapaz não era o Fernando, e eu não era a Daniela. Porém, a cada linha e a cada lágrima que eu sentia escorrendo pelo meu rosto foi uma nova gota de esperança que inundou meu coração de “um dia ter minha história de amor”.
Por muitos trechos do livro eu achei que Gege (apelido carinhoso que nosso trio deu a minha amiga e deixo claro que não é permitido o uso a ninguém. ‘risos’) estivesse transcrevendo (sem saber) um pouco do que passei. Algumas falas, alguns pensamentos dos personagens, outros tantos sonhos e anseios eu vivi com esse coração que insiste em sonhar acordado, e a autora conseguiu passar para o papel cada detalhe da alma. Exatamente! O leitor consegue sentir a alma de Fernando e Daniela.
As personagens são tão reais, com suas perfeições e seus defeitos, suas inseguranças e suas certezas, que eu me senti dentro da cabeça confusa e apaixonada de Daniela, dentro das piadas de Aline que pode até perder os amigos, mas a piada jamais. E, mesmo Letícia sendo completamente oposta a mim, eu também fui um pouco Letícia. Nenhuma garota vai conseguir passar por esse livro sem se identificar com, pelo menos, um pedacinho das dúvidas e amores das personagens.
Com uma narrativa simples, singela, romântica e viciante, ao chegar no último capítulo o leitor pede, implora, suplica para não terminar, querendo sempre mais e mais. Essa madrugada fui dormir com os olhos inchados de tanto chorar, mas com o coração certo que o capítulo que tanto queria que continuasse em “Quilômetros de Saudade”, vou construir linha por linha na minha vida e escrever meu próprio “livro”.
E por fim, e não menos importante, quando for ler “Quilômetros de Saudade”, coloque Marisa Monte para tocar no meu mp3, iPod, celular, computador ou som, em seguida pegue alguns lencinhos e se prepare para ter o coração derretido e recheado por sonhos que um dia o destino colocará no seu caminho, porque todo mundo merece amar e ser amado.
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