Com uma sensibilidade à flor da pele e com um misto de intensidade e de delicadeza, a escritora Paula Gicovate reuniu nesse livro crônicas e pensamentos aleatórios sobre os diversos tipos de amor: o amor vivido, o amor apenas esperado, o amor que deu certo até o dia que deixou de dar, o amor que mesmo quando deixou de existir continuou sendo amor.

Complicado, não? Ora, mas quem disse que amar é fácil? As dificuldades são tantas que muitas vezes ficamos entalados e a única opção que nos resta é escrever... Escrever para tentar encontrar uma resposta ou, pelo menos, uma ordem para os infinitos pensamentos e vão e voltam, que não param, que não dormem e que simplesmente tomam conta de nós.

Não tem como ler as palavras de Paula e não se identificar com um momento, uma sensação ou uma situação inteira. Tem aquele cara que nunca ligou de volta, aquele que mesmo anos depois ainda está na sua cabeça, aquele que representa um desejo nunca vivido e nunca esquecido. Ah, também tem aquelas dores de estômago, dores de cabeça e vontades de pular da janela. Quem nunca?

Algumas vezes racional, outras com o drama excessivo típico das mulheres desesperadas e outras com a tranqüilidade e segurança das mulheres maduras, a sensação que cada crônica passa é de que a escritora abriu a sua alma e se mostrou para o leitor sem meias verdades ou meias palavras. 

Uma leitura agradável, rápida, simples e ao mesmo tempo reflexiva. As mais sensíveis vão chorar e as mais duronas vão rir. Mas sair ileso ninguém vai.

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