Samantha Sweet tem 29 anos e é uma advogada de sucesso em
Londres. Ela é formada em Cambridge, tem um alto QI e é extramente competente
em tudo que faz, profissionalmente falando.
Por ser tão dedicada à profissão,
não tem tempo para relacionar-se, nem mesmo com sua família. Sua principal meta
na vida é ser admitida como a nova sócia do escritório onde trabalha e está
certamente caminhando para isso. Porém, um dia comete uma falha fatal, capaz de
arruinar sua carreira e fica tão atordoada que resolve fugir sem rumo. Pega um
trem e desce em um lugar completamente desconhecido. Ela para diante de uma
mansão para pedir informação e é confundida com a candidata a empregada
doméstica que iria para uma entrevista. Após inventar algumas “mentirinhas”,
acaba por ser contratada e os patrões ficam orgulhosos, sem saber que ela
sequer sabe acender um fogão ou ligar um ferro de passar.
“Eu poderia ficar essa noite aqui, é a ideia que explode no meu
cérebro. Só uma noite. Poderia resolver o equívoco amanhã.
- Ah... seria possível começar essa noite? – ouço-me dizendo.
- Não vejo por que não... – começa Eddie.
- Não vamos pôr o carro na frente dos bois – interrompe Trish
rispidamente. – Temos um bocado de candidatas promissoras para este trabalho,
Samantha. Várias muito impressionantes. Uma garota tem até diploma de culinária
cordon bleu, da França!
(...) Será que está dando a entender que eu poderia não conseguir esse
emprego? Olho Trish em silêncio por alguns instantes. Em algum lugar, no fundo
de meu estado de choque embriagado, sinto um minúsculo clarão da velha Samantha
retornando. (...) Nunca fracassei numa entrevista na vida. Não vou começar
agora.”
Samantha se mete em grandes encrencas ao tentar fazer um
jantar sofisticado ou simplesmente lavar roupas. Ela encontra um aliado no jardineiro
Nathaniel, que dá várias dicas do que ela deve ou não fazer.
“O café-da-manhã é quase um pesadelo. Faço três tentativas fracassadas
antes de perceber como se deve cortar uma toranja ao meio. Elas deveriam ser
feitas de modo mais óbvio. Poderiam desenhar linhas de orientação ao redor, ou
ter perfurações, ou algo do tipo. Enquanto isso o leite para o café derramou –
e quando mergulho a cafeteira, o café explode para tudo que é canto. Por sorte
Trish e Eddie estão tão ocupados discutindo aonde vão no próximo feriado que
não parecem notar o que acontece na cozinha. Nem ouvem meus gritos. Do lado
positivo, realmente acho que estou começando a entender a torradeira.”
Enquanto Samantha começa a aprender a lidar com os serviços
domésticos e um estilo de vida muito mais simples e completamente diferente de
tudo que já viveu, descobre que o erro que ela supostamente cometeu na empresa
foi uma armação de um funcionário que queria prejudicá-la. A partir daí ela faz
de tudo para tentar provar o que de fato aconteceu e reaver seu status de
advogada brilhante e exemplar. Por outro lado, as circunstâncias a fazem
repensar se de fato o que ela espera do seu futuro é voltar ao ritmo frenético
de antes.
“- Mamãe, eu aprendi um modo diferente de viver. Faço meu trabalho do
dia, acabo... e só. Sou livre. Não preciso levar papelada para casa. Não
preciso ter meu BlackBerry ligado 24 horas por dia sete dias por semana. Posso ir ao pub, posso ter planos para o fim
de semana, posso me sentar no jardim por meia hora com os pés para cima... e
isso não faz mal. Não tenho mais pressão constante. Não estou estressada. E
isso me serve.”
A história de
Samantha, além de todas as nuances divertidas, traz uma mensagem de “alerta” a
todos os workaholics: será que vale a pena se dedicar tanto à vida profissional
e abdicar de todo o resto?
Situações hilárias,aliadas a uma redescoberta de si mesma e
do amor, fazem dessa história de Sophie Kinsella uma leitura extremamente
agradável. A autora utiliza mais uma vez sua forma peculiar de fazer rir e emocionar
ao mesmo tempo, trazendo na narrativa um tema super atual e real.
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