Áurea Roseanna Bellora é filha da brasileira Doroteia Lopes
com Stefan Bellora, primo do príncipe de Liechtenstein. Seus pais se conheceram
quando Marie Malleville levou Stefan para uma degustação no curso de culinária
que fazia em Paris e apresentou sua colega de turma Doroteia. Eles se
apaixonaram, se casaram e tiveram uma linda filha. Mas não foram felizes para
sempre, pois Marie Malleville não se conformou com a união e sequestrou Áurea
no dia de seu batizado, quando a criança tinha apenas nove meses. Mesmo a
menina tendo sido encontrada sã e salva, os pais passaram a viver sob ameaças
da francesa e decidiram enviar a filha aos cinco anos de idade para viver com
os tios (três solteirões convictos) no Brasil e para que sua identidade fosse
preservada, Áurea passou a ser chamada por Anna Rosa Lopes.
Os tios de Rosa a criaram debaixo de uma exagerada proteção
e não permitiam que ela se relacionasse com ninguém. Quando criança eles
contaram para a garota sobre seu rapto e o porquê de ela viver longe dos pais,
mas com o passar do tempo, já adolescente, Rosa passou a achar que aquilo era
apenas mais uma história como as várias que seus tios contavam para ela através
dos livros que liam.
"(...) aquela antiga história do sequestro me parecia cada vez mais irreal, e eu comecei a achar que talvez pudesse ter sido fruto da minha imaginação infantil ou uma invenção dos meus tios para me distrair. Apenas uma fábula, como tantas outras que eles me contavam. Com o tempo, acabei criando outra versão dos fatos na minha cabeça."
Aos onze anos ela foi enviada para um colégio interno só
de garotas e voltava para a casa dos tios apenas aos finais de semana. Foi no
colégio que ela fez amigas verdadeiras que começaram a apresentar-lhe o mundo,
embora os tios não permitissem que Rosa as acompanhasse em qualquer tipo de
passeio.
Um dia, de maneira inusitada, um garoto entra em sua vida,
mas eles não conversam pessoalmente e sim através de mensagens de texto no
celular. E assim, Rosa descobre o amor, mas muita coisa ainda acontece para
impedir que sua história tenha um final feliz.
"(...) isso que eu estou sentindo é uma euforia louca que me dá vontade de sair dançando pelos corredores da escola... Mas ao mesmo tempo esconde uma tristeza sutil, que parece morar no lugar mais fundo do coração. E isso tudo me faz sorrir e chorar, por ser tão bom e tão dolorido ao mesmo tempo. Dá pra entender?"
Qualquer semelhança com algum conto de fadas não é mera
coincidência. Princesa adormecida é uma releitura totalmente moderna do conto A
bela adormecida. Paula Pimenta introduz cada detalhe da história original de
forma totalmente diferente, com sacadas muito boas, como o fato de as três “fadas
madrinhas” serem apresentadas como três homens, os tios de Rosa.
Os personagens
são bem construídos, com características típicas dos adolescentes atuais. O “príncipe”
é um capítulo à parte, completamente fofo e certamente capaz de fazer todas as
leitoras suspirarem.
A diagramação do livro é encantadora! As mensagens de
texto veem em forma de balõezinhos de diálogo e quando no decorrer da narrativa
há alguma carta ou bilhete, a fonte é diferente, como se fosse mesmo um manuscrito.
A capa também é linda, além de ter tudo a ver com a história. Com certeza todos os fãs da autora vão ficar completamente apaixonados por mais esse livro.
A capa também é linda, além de ter tudo a ver com a história. Com certeza todos os fãs da autora vão ficar completamente apaixonados por mais esse livro.
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