Olá, leitores!
Hoje quero falar um pouco sobre algo que me incomoda
bastante: erros de Português!
Leio muitos blogs e adoro conhecer novos autores
brasileiros, mas confesso que fico realmente chateada de ver alguns erros que
considero inadmissíveis para alguém que optou por utilizar a escrita como
instrumento para transmitir algo. Na minha opinião, não basta ter uma boa
ideia, tem que respeitar as regras de gramática e ortografia para um texto
ficar agradável aos olhos dos leitores e ser entendido.
Com as facilidades atuais para se publicar um livro – sim, por
mais que não seja exatamente fácil, hoje em dia algumas opções como publicar
ebooks no site Amazon tem facilitado bastante – muita gente tem sido chamado de
escritor sem dominar o básico da língua portuguesa escrita (não estou
generalizando, muitos novos autores são sensacionais, mas já vi casos
absurdos).
Talvez você esteja pensando: quem essa tal Angélica pensa
que é para falar assim? Peço desculpas se estou soando um pouco arrogante, não
é minha intenção. Não sou nenhuma expert
nem me considero superior a ninguém. Por ser uma apaixonada pela língua
portuguesa desde criança e por ler muito, é fato que tenho certa facilidade
para escrever.
Costumo dizer que tenho um “radar” para encontrar erros em
livros e às vezes acho até em publicações de renomadas editoras. Isso quer
dizer que em um texto meu nunca vai haver erros? Óbvio que não! Às vezes passam
despercebidos erros de digitação e outros de concordância, o que considero
normal. Além disso, tenho algumas “manias” que ajudam a evitar que eu cometa
erros graves e vou compartilhá-las aqui com vocês:
- Quando vou escrever, geralmente abro, além da página do
Word, uma página com o Google, um dicionário online e uma página de sinônimos
(recomendo o site www.sinonimos.com.br). Se surge uma dúvida, por exemplo, se determinada
palavra é com S, SS ou SC, imediatamente pesquiso no Google; se percebo que
algum termo não está soando bem em uma frase ou já o utilizei recentemente em
outra, vou ao dicionário procurar como posso substituí-lo.
- Leio e releio o que escrevo pelo menos umas três vezes. Em
textos maiores,como um conto ou uma história, imprimo e leio no papel.
Geralmente muita coisa passa despercebida na tela do computador, principalmente
porque quando já sabemos o que está escrito nossos olhos passam rapidamente
pelas palavras sem atentar muito para a forma como estão escritas.
- Peço para outras pessoas lerem, de preferência quem tem
bom domínio da língua. Às vezes outra pessoa percebe melhor frases que não
ficaram muito claras. Quando escrevemos, imaginamos que todo mundo vai saber
exatamente o que queríamos dizer, mas nem sempre é o que acontece. Quem escreve
precisa estar aberto a sugestões para alterações e substituições.
Acho que o mais importante é admitirmos que não sabemos
tudo. Vou contar um segredinho aqui: sempre fico em dúvida no uso dos “porquês”...
Daí salvei a imagem abaixo em minha área de trabalho e quando preciso recorro a
ela:
Enfim, que estejamos constantemente buscando melhorar e
aprimorar e que nossa língua seja valorizada. E, claro, sempre vale lembrar: quanto mais lemos,
melhor escrevemos!
3 comentários
Olá, Angélica! Adorei seu texto. Eu também não me conformo quando me deparo com tantos erros de português cometidos por pessoas que se dizem escritoras. Acredito que o domínio da Língua Portuguesa é o primeiro requisito básico para alguém que pretenda ser escritor. Há textos tão mal redigidos que se torna impossível revisá-los, pois acabam sendo reescritos com as palavras do revisor - nesse caso, não mais se pode atribuir a autoria ao suposto escritor original...
ResponderExcluirNossa, eu nao tenho nenhuma formação na área e ainda assim fico impressionada com a quantidade de erros de port. A palavra "porque", por exemplo, é uma das q mais erram.
ResponderExcluirRecentemente peguei o livro "O Retrato de Dorian Gray" da Biblioteca Azul, versão sem censura. Todos estão elogiando esta edição na internet, inclusive pessoas que admiro. O livro veio com erros de português relacionados ao uso de POR QUE e PORQUE nas páginas 129, 169, 173 e 205. Também há um erro de MAL e MAU.
ResponderExcluirEscrevi para a editora, sem receber resposta. Na internet ninguém toca no assunto, ninguém notou os erros. Mostrei as páginas a um amigo e ele não reconheceu os erros. É preocupante.
Calma, vai piorar: descobri que a editora Darkside foi a única, além da Biblioteca Azul, a trazer ao Brasil esse livro sem a censura que a obra sofreu no século XIX. Essa edição conta com o mesmo tradutor e os mesmos erros (pelo que me informaram na internet, alguém me corrija se eu estiver equivocado). Onde estão os revisores dessas editoras?
Lamentável.
A versão da Penguin, apesar de ter uma capa simples e não contar com textos extras, além de ser a versão censurada, é a melhor no mercado, em termos de qualidade de texto / tradução.
Obrigada por participar do nosso Universo! Seja sempre muito bem vindo...