Década de 40. O mundo assistia pela segunda vez a uma devastadora Guerra Mundial, coordenada por um sociopata genocida que matava milhões de pessoas em um massacre eugenista, que acabaria apenas cinco anos depois.
O cenário era aterrorizante para as pessoas comuns, mas para gênios como Charles Chaplin o panorama era fértil o suficiente para criar uma das maiores críticas sociais cinematográficas já vistas: o filme "O Grande Ditador"
Já na primeira cena Chaplin usa e abusa do sarcasmo, nos avisando que qualquer semelhança dos personagens com a realidade é mera coincidência. Mas nós sabemos que toda a arbitrariedade de Hitler, assim como a reprodução dos seus trejeitos eram similares demais para ser mera coincidência.
Utilizando um humor aparentemente ingênuo e com uma simplicidade sem igual, o filme carrega consigo uma grande crítica à guerra, especialmente ao grande ditador por trás de todo o extermínio. O Vagabundo resolveu falar e contestar o mundo à sua volta e o fez de maneira magnífica diga-se de passagem, finalizando com o maior discurso já visto no cinema sobre o qual falamos aqui.
Mas o que torna a obra de Chaplin tão especial e diferente da maioria? Talvez seja o fato do intérprete do Vagabundo fugir dos clichês e estereótipos para arrancar risos de pessoas de todas as idades. Sem ofender, sem humilhar, atacando sempre o opressor (e não o oprimido como a maioria), Chaplin consagrou-se como um dos maiores artistas de todos os tempos.
Portanto, se você ainda não assistiu ao filme "O Grande Ditador" não perca tempo: aproveite o feriado e aprecie este que é um dos maiores e mais aclamados filmes do cinema.
Trailer do filme:
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