Cinema
Crítica
Her (Ela) - um história de amor em um futuro não tão distante
00:00Universo dos Leitores
Sinopse:
Theodore é um homem solitário que trabalha escrevendo cartas pessoais para pessoas que tem dificuldade em expressar seus sentimentos. Separado da esposa, ele se recusa a ter novos relacionamentos até que se apaixona por Samantha, um SO (sistema operacional) que com inteligência artificial capta suas emoções e reage conforme os seus instintos, aprendendo e evoluindo de acordo com as respostas que recebe do seu proprietário.
Na medida em que eles se interagem e se tornam íntimos, as necessidades do relacionamento vão se tornando cada vez maiores, o que coloca Theodore diante de questionamentos sobre a relevância, a sinceridade e a intensidade daquele amor.
Minhas Impressões:
Her é um filme incrível, inovador e completamente palpável (por mais que a princípio não pareça). Exatamente por essas qualidades, ele recebeu cinco indicações ao Oscar 2014 (Melhor Filme, Melhor Roteiro Original, Melhor Trilha Sonora, Melhor Canção Original e Melhor Design de Produção).
Com um misto de drama, comédia, ficção científica, romance e muita reflexão acerca da sociedade futurística e o domínio da tecnologia sobre os seres humanos, a história criada Spike Jonze é digna de todos os elogios que tem recebido.
É preciso mencionar que o universo futurístico criado por Spike Jonze em alguns aspectos não está tão distante do mundo que vivemos hoje: pessoas que interagem cada vez menos, foco em aparelhos tecnológicos, busca de relacionamentos e vínculos pela internet etc.
A história, que a inicialmente aborda um simples caso de amor entre um homem e seu computador, se revela uma profunda e diferenciada, contendo interessantes análises sobre os relacionamentos amorosos, a aceitação das diferenças, o respeito ao próximo e, principalmente, a dificuldade de lidar com tudo isso quando estamos diante de recursos tecnológicos que nos permitem encontrar o inimaginável e viver todos os sonhos impossíveis, entre eles, um romance com um parceiro perfeito!
A suposta perfeição encontrada é capaz de se sustentar por muito tempo? Até que ponto a ilusão dos recursos tecnológicos pode suprir às necessidades reais dos homens? Será que esses relacionamentos nos completam ou nos afundam em uma solidão ainda maior?
Todos esses questionamentos são levantados no longa por meio de um roteiro brilhante, que conquista, choca, emociona e se destaca pela leveza e pela riqueza.
Balanceando essas questões centrais, o filme também demonstra que todas as experiências são importantes para a evolução pessoal e contribuem para as nossas próximas escolhas.
Independente do roteiro incrível, merece destaque a atuação impecável de Joaquin Phoenix. Praticamente sozinho em todas as cenas, ele traduziu as emoções do personagem em pequenos gestos ou olhares. Não tem como ficar inerte os seus conflitos internos, suas dores e suas descobertas. Não tem como deixar de rir das conversas despretensiosas que ele tem com Samantha, a sua namorada SO (cuja voz foi brilhantemente empregada por Scarlett Johansson).
Não posso deixar de mencionar a fotografia, que além de bela foi extremamente condizente com o universo utópico criado na história. A trilha sonora, completamente encantadora também contribuiu (e muito) para o charme do longa.
Um filme especial, marcante, que merece todos os aplausos!
Trailer:
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