A menina que roubava livros Cinema

A adaptação cinematográfica do livro A Menina que Roubava Livros

00:30Universo dos Leitores

Sinopse:

Durante a Segunda Guerra Mundial, uma jovem garota chamada Liesel Meminger (Sophie Nélisse) sobrevive fora de Munique através dos livros que ela rouba. Ajudada por seu pai adotivo (Geoffrey Rush), ela aprende a ler e partilhar livros com seus amigos, incluindo um homem judeu (Ben Schnetzer) que vive na clandestinidade em sua casa. Enquanto não está lendo ou estudando, ela realiza algumas tarefas para a mãe (Emily Watson) e brinca com a amigo Rudy (Nico Liersch).
Minhas Impressões:

A Menina que Roubava Livros, de Markus Zusak, é sem dúvida um dos meus livros preferidos. Seja pela emocionante história ou pela narrativa diferenciada e repleta de intensidade, Zusak conseguiu me marcar de uma maneira especial. Quando soube que a história seria adaptada para o cinema, senti felicidade e medo ao mesmo tempo, afinal, adaptações são sempre arriscadas.

Li o livro há alguns anos e claro não consigo me recordar de todos os detalhes, então, ao ver o filme, analisei a adaptação de forma ampla, sem me ater a pequenas passagens ou pequenos diálogos. O que eu senti? Várias coisas ao mesmo tempo! Sim, me emocionei, chorei e também sorri. No entanto, percebi que para os que nunca leram o livro as emoções talvez não tiveram a mesma intensidade, já que alguns detalhes foram abordados de forma superficial, impossibilitando a compreensão, a grandeza e a beleza dos vínculos criados.

Contudo, apesar dessa possível superficialidade e do fato de que alguns momentos essenciais do livro foram retirados (um exemplo, o livro lindo que o Max escreveu para a Liesel), a adaptação se revelou encantadora e me surpreendeu de forma positiva.

Com uma fotografia incrível e cuidadosa, o filme abordou muito bem o contexto do nazismo e demonstrou claramente a forma como o medo era constante no dia a dia das pessoas. Além disso, retratou com muita beleza a importância da amizade e dos bons sentimentos.

Os atores, que estavam brilhantes e em perfeita sintonia, conseguiram captar bem a essência da história e as atuações foram essenciais para a beleza do longa, que ganhou a atenção logo na primeira cena, que se deu com a apresentação da ilustre e encantadora narradora, a morte.
Em meio a cenas de tristeza e de amizade, o roteiro foi simples e coerente com a intenção principal do escritor: a vida da menina Liesel, que quando passou a viver com pais desconhecidos para fugir da guerra, descobriu um universo novo, que mesclava a dor e o medo com o amor, especialmente o amor do pai, Hans, e dos amigos Rudy e Max (um judeu que estava escondido no porão da sua casa). Em meio às inúmeras descobertas e ao misto de sentimentos que rodeavam a sua mente, ela encontrava conforto nas palavras, sua fonte de adoração e claro, sua grande paixão. 

A condução para o final também foi satisfatória e o diretor colocou rios de emoções nas últimas cenas, que conseguiram impactar tanto pela tristeza como pela poesia contida nelas. 

Por fim, também merecem destaque o figurino e a trilha sonora, elementos que não passaram despercebidos e que enriqueceram o longa. 

Para ver o filme e aproveitar o que ele tem a oferecer é imprescindível ter em mente que uma adaptação nunca conseguirá captar toda a essência dos livros. É impossível retratar em 2 horas todos os detalhes de 500 páginas. 
Trailer:






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