Com uma belíssima capa e um nome marcante, Filhos do Jacarandá da editora Globo Livros é uma obra que conquista pela sensibilidade, pelo leque de emoções que desperta no leitor e por apresentar uma cultura tão diferente da cultura ocidental que conhecemos.
SINOPSE:
Em 1983, uma menina chamada Neda nasce dentro de uma prisão em Teerã, capital do Irã. Sua mãe é uma prisioneira política que só consegue cuidar da filha recém-nascida por alguns meses antes que ela seja levada, à força, para longe de seu convívio. Neda é uma personagem fictícia de Filhos do jacarandá, primeiro romance escrito por Sahar Delijani, mas sua história se mescla com a da própria autora, que passou seus primeiros 45 dias de vida na penitenciária de Evin, na capital iraniana.
MINHAS IMPRESSÕES:
A história se passa em um Irã tumultuado que se transformou em uma teocracia republicana, e que retoma costumes e tradições religiosas após uma grande revolução.
Esta revolução fundamentalista foi o cenário da história de três gerações narradas por Sahar Delijani. O livro não é biográfico, mas carrega as marcas da opressão vivida pela própria Sahar, que nasceu dentro de uma prisão onde morou por sete anos ao lado de sua mãe.
Impactante, o livro inicia-se com a forte história de Azari, uma prisioneira política grávida prestes a dar à luz em um hospital penitenciário que não tem as mínimas condições de higiene necessárias para seu parto, o que a abala física e psicologicamente.
MINHAS IMPRESSÕES:
A história se passa em um Irã tumultuado que se transformou em uma teocracia republicana, e que retoma costumes e tradições religiosas após uma grande revolução.
Esta revolução fundamentalista foi o cenário da história de três gerações narradas por Sahar Delijani. O livro não é biográfico, mas carrega as marcas da opressão vivida pela própria Sahar, que nasceu dentro de uma prisão onde morou por sete anos ao lado de sua mãe.
Impactante, o livro inicia-se com a forte história de Azari, uma prisioneira política grávida prestes a dar à luz em um hospital penitenciário que não tem as mínimas condições de higiene necessárias para seu parto, o que a abala física e psicologicamente.
Seu trabalho de parto é descrito com angústia, medo e desespero. A incerteza marca o nascimento da pequena Neda, que chega ao mundo na expectativa de ser separada de sua mãe a qualquer momento para ir morar com os avós, como de fato acontece. A presença de Neda é paradoxal para Azari: se por um lado a filha representa esperança de felicidade em meio ao caos de sua vida, por outro lhe causa uma dor imensurável ao ser levada para longe das celas em que a ex-militante vivia.
O livro ainda traz outras histórias emocionantes como a de Amir, que venceu a solidão da prisão através da esperança de viver com sua filha Sheida, e a de Sheila, que abdicou de seus sonhos em prol de sua família.
São várias histórias fragmentadas, carregadas de marcas profundas e que se unem por três pontos em comum: a dor, a esperança e o pé de Jacarandá onde todos se encontram. A narrativa parte do ponto de vista dos personagens, o que confere mais emoção e realismo ao livro, dando voz a pessoas que representam toda uma sociedade oprimida por tradições religiosas.
O livro ainda traz outras histórias emocionantes como a de Amir, que venceu a solidão da prisão através da esperança de viver com sua filha Sheida, e a de Sheila, que abdicou de seus sonhos em prol de sua família.
São várias histórias fragmentadas, carregadas de marcas profundas e que se unem por três pontos em comum: a dor, a esperança e o pé de Jacarandá onde todos se encontram. A narrativa parte do ponto de vista dos personagens, o que confere mais emoção e realismo ao livro, dando voz a pessoas que representam toda uma sociedade oprimida por tradições religiosas.
Torturas físicas e psicológicas, famílias destruídas, divergências culturais, opressão, mortes trágicas, guerra, religião, injustiça, medo e esperança são alguns dos pontos abordados no livro pela autora, que trata os temas com respeito e sensibilidade.
A belíssima capa lembra uma pintura em aquarela muito delicada porém marcante, fazendo jus às histórias de Sahar.
Filhos de Jacarandá é um livro de histórias tristes, de pessoas marcadas pela dor e pela insegurança do próprio destino, entregues à regras religiosas opressoras, mas que sempre trazem consigo a esperança de um futuro melhor. A obra é um deleite para os corações sensíveis, capaz de emocionar com suas belas e intensas histórias de vida.
Filhos de Jacarandá é um livro de histórias tristes, de pessoas marcadas pela dor e pela insegurança do próprio destino, entregues à regras religiosas opressoras, mas que sempre trazem consigo a esperança de um futuro melhor. A obra é um deleite para os corações sensíveis, capaz de emocionar com suas belas e intensas histórias de vida.
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