A Casa Cor Minas Gerais 2013 ocorreu em Belo Horizonte entre os dias 21 de Setembro e 29 de Outubro e teve, nessa edição, a escolha de um local muitíssimo especial para a realização do evento.
Trata-se da mansão projetada no ano de 1954, pelo arquiteto Oscar Niemeyer para a família Dalva Simão. A casa, situada próxima à orla da Lagoa da Pampulha é repleta de história e muitos segredos. A imensidão da residência e seus jardins impressionaram os visitantes que conheceram os 34 ambientes desenvolvidos para essa edição. A casa projetada por Niemeyer é, hoje, memória tombada e sofreu uma transformação majestosa para receber a Casa Cor.
Os jardins da mansão foram projetados por Buler Max e com o trabalho dos paisagistas dessa edição, ficaram lindamente compostos em torno da casa que é um verdadeiro túnel direto aos anos 50. Muitos arquitetos e designers projetaram seus ambientes fazendo uma homenagem à Niemeyer e conservaram muitos elementos da época.
Algumas curiosidades nos mostram o quão especial é essa casa, como por exemplo, a existência de uma grande lavanderia onde há um canal que se liga diretamente ao quarto de serviço, no andar de cima, de onde a rouparia a ser lavada era lançada. Ao lado da antiga lavanderia, havia uma quadra de peteca, esporte muito popular na época, local no qual foi projetado o Home Cinema uma parceria do arquiteto Carico com a Live Automação , o ambiente ficou incrível e causou encantamento geral entre os visitantes.
O Jardim, conservando a forma e estilo dos anos 50 e a fachada da casa da família Dalva Simão – foto publicada no facebook da Casa Cor Minas Gerais.
O delicioso final de tarde; vista da piscina e dos majestosos coqueiros que rodeiam a casa.
O Home Cinema, projeto do Carico, estrutura toda montada na antiga quadra de peteca, levou o prêmio de melhor projeto nessa edição.
A madeira de demolição foi soberana em quase todos os ambientes – na foto, o ambiente Poket House, de Cristina Menezes.
Jardim do Encontro, paisagismo de Carla e Marina Pimentel.
Lounge do Conforto, projetado por Marlene Decicino e Luiz Carlos Landim, o ambiente foi desenvolvido numa área semi-aberta, que dá acesso à antiga lavanderia da casa e à escada de serviço – foto publicada na Anual Design.
A antiga lavanderia se transformou na Loja da Casa Cor projetada pela arquiteta Carla Braga. As prateleiras brancas de azulejos são originais da época, assim como o piso. A madeira de demolição está presente e dá um ar de aconchego ao ambiente.
Projeto de Bruna Figueiredo e Virgínia Reis, traz uma combinação sofisticada entre o moderno e o Clássico. Situada na parte de fora da casa, esse ambiente tem uma vista linda para a lagoa. Destaque para a parede lindíssima original da época, azulejos em estilo Português que foram produzidos por uma fábrica em Itaipava.
O interesse das pessoas pela decoração, arquitetura e paisagismo aumenta cada vez mais. Trabalhar e transformar espaços é algo, hoje, que a maioria das pessoas que possuem um imóvel ou algum tipo de ambiente desejam fazer de forma a tornar aquele espaço mais bonito, agradável e/ou funcional.
A visitação de mostras como a Casa Cor está se popularizando exatamente porque as pessoas querem ter acesso à arte e desejam treinar o olhar como forma de inspiração e geração de idéias. A edição este ano destacou muito bem a importância da utilização de materiais recicláveis e espaços ecologicamente corretos. Eu tive a honra e o prazer de trabalhar nessa edição do evento e pude perceber a importância da sensibilização do olhar e como a criatividade aliada ao conhecimento podem transformar espaços e trazer resultados magníficos.
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