Depois de anos de negociações, cerca de 800 delegados dos 186 Estados membros da Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI) concluíram, na sexta-feira, 29 de junho, um acordo que tem por objetivo proporcionar facilidades para o intercâmbio e a transcrição de livros em formatos acessíveis aos cegos (braille, áudio, etc.).
Os deficientes visuais são cerca 314 milhões em todo o mundo, 90% dos quais vivem em países em desenvolvimento, mas apenas 5% de um milhão de livros publicados a cada ano são divulgados em formatos acessíveis.
Coincidentemente, enquanto pesquisava acerca desse tratado, descobri um projeto super interessante de Phillip Meyer, um estudante de design. Ele estudou diversas formas de criar histórias visuais para cegos sem que elas fossem reformatadas em texto, já que infelizmente o braile quebra a barreira da leitura, mas não quebra a da imagem.
No processo, Meyer primeiro tentou uma tradução simples, transformando imagens visuais em imagem tátil, mas percebeu que isso não funcionava. Era preciso simplificar mais. Insistindo em novas idéias ele conseguiu criar Life. Usando apenas formas simples, sem texto e um visual que pode ser entendido tanto de maneira tátil quanto visual, ele contou a história da vida.
Primeiro uma versão digital:
Em seguida ele transpôs a idéia para o papel:
De acordo com Meyer, este foi o projeto mais difícil e mais gratificante que já realizou. Em seu site ele deixou a seguinte mensagem: "Eu percebi que é possível contar uma história - sem tinta, texto ou som - que ganha vida através da imaginação”.
O design insiste que seu projeto não quer promover sua história, que ele admite ser bastante simples, mas é um primeiro passo para resolver a leitura visual. Essa pesquisa continua.
(Fonte: Revista Trip)
Interessante, não é mesmo? Medidas como essas devem ser sempre incentivadas. Afinal, todos merecem o acesso à cultura e à informação.
1 comentários
Fantástico!
ResponderExcluirObrigada por participar do nosso Universo! Seja sempre muito bem vindo...