Leitores, como vocês já sabem e acompanham conosco, temos uma sessão dedicada a livros sobre músicos e bandas de rock de grande sucesso. Então, não poderíamos deixar passar em branco o Dia Internacional do Rock. Com isso, a querida Laila Perdigão, jornalista e colunista do blog, fez uma matéria super especial! Além de explicar um pouco sobre a data, falou o que pensa do rock'n roll e do seu CD favorito! Confiram:
Muitos roqueiros já se perguntaram por que hoje, dia 13 de julho, é o dia internacional do rock. Bom, foi no dia 13 de julho de 1985 que Bob Geldof, vocalista da banda Boomtown Rats, organizou aquele que foi sem dúvida o maior show de rock de todos os tempos, o Live Aid, uma combinação perfeita de artistas lendários da história da pop music e do rock mundial.
O Live Aid, além de contar com nomes de peso da música internacional, tinha uma proposta maior, a tentativa nobre de conseguir fundos para que a miséria e a fome na África pudessem ser, pelo menos, minimizadas. Dois shows foram realizados, sendo um no mitológico Wembley Stadium, em Londres (Inglaterra) e outro no não menos lendário JFK Stadium, na Filadélfia (EUA).
O elenco era de megastars, entre eles Paul McCartney, The Who, Elton John, Elvis Costello, Black Sabbath, Sting, Brian Adams, U2, David Bowie, The Pretenders, Santana, Madona, Eric Clapton, Led Zeppelin, Duran Duran, Bob Dylan, Lionel Ritchie, Rolling Stones, Queen, Beach Boys, entre outros, alcançando uma audiência pela TV de cerca de 2 bilhões de telespectadores em todo o planeta, em cerca de 140 países.
No show da Filadélfia, Joan Baez abriu o evento com o conhecido hino nacional protestante “Amazing Grace”, com cerca de 100 mil pessoas cantando em coro o trecho “I once was lost but now I'm found was blind but now I see” (‘eu estava perdido e agora me encontrei, eu estava cego e agora consigo ver’). Este show marcou também a única reunião dos três sobreviventes da banda Led Zeppelin, Robert Plant, Jimmy Page e John Paul Jones, com a presença ilustre de Phil Collins na bateria.
No final deste show, Mick Jagger e Tina Turner juntos, cantando “State of Shock” e “It’s Only Rock and Roll”, com Daryl Hall, John Oates e os ex-integrantes dos Temptations, David Ruffin e Eddie Kendrichs fazendo os backing vocals. Foi realmente um momento único na história do rock.
O Live Aid conseguiu, em 16 horas de show, acumular cerca de 100 milhões de dólares, totalmente destinados a luta contra a miséria e fome na África. Isso é a cara do rock and roll.
Na minha opinião o Rock N’ Roll vai muito além de música com muitas guitarras e, para muito, um som “barulhento”. O Rock foi um divisor de águas em décadas que seus diretos, opiniões e o acesso às informações era quase nulo. Onde as mulheres não tinham voz ativa na sociedade, os homens eram “senhores proprietários”, as crianças eram “treinadas” a estudar o básico, trabalhar, casar e procriar. O Rock foi um grito da juventude, uma forma de mostrar ao mundo que o jovem é sim o futuro de uma nação.
O Rock N’ Roll vai de Janis Joplin a Metallica, de Elvis Presley à Slipknot. É uma atitude, um estilo de vida, uma filosofia. Quem ama Rock, respira rock, vive rock, age rock n’ roll. Isso está no sangue e não muda. Não se tem várias personalidades no Rock N’ Roll, mas sim uma única personalidade.
Minha banda ‘the Best’
Uma das coisas mais difíceis que poderia me propor a fazer é escolher uma banda como minha favorita e, ainda pior, escolher um álbum. Mas resolvi fazer e para tal nesta semana ouvi muitas discografias, fiquei em dúvidas gigantescas, no final minha lista tinha 15 bandas "the best". Entretanto, apenas em um disco posso dizer que idolatro da primeira a última faixa. Este disco é “IV” do Led Zeppelin.
Claro, existem outros discos da banda que se encaixam no requisito “favorito” para muitos críticos de música, como o “Physical Graffiti”, “Houses of the Holy”, entre outros, afinal todos os discos do Led ficaram entre os TOP 10 da Billboard e são admiráveis. Mas, para mim o IV tem um ‘Q’ especial, nele há diferentes tendências e inovações que marcaram a carreira da banda e estão unificadas em um só álbum.
Antes de tudo farei um brevíssimo histórico sobre o Led Zeppelin.
Led Zeppelin foi uma banda britânica de rock formada em 1968, por Jimmy Page (guitarra), John Bonham (bateria e percussão), John Paul Jones (baixo e teclado) e Robert Plant (vocalista e gaita). Célebre pela sua inovação, com seu som pesado inspirado pelo blues-rock, foi um dos grupos mais influentes da história do Rock mundial.
Em 1980 a morte do baterista John Bonham colocou fim a banda, desde então o Led Zeppelin reuniu-se apenas em ocasiões especiais. A primeira delas, em 1985, quando participaram de um concerto beneficente. Três anos depois tocaram no aniversário de 40 anos da gravadora Atlantic. E no final de 2007 onde os três membros originais do Led Zeppelin reuniram-se para um tributo a Ahmet Ertegün, fundador do selo Atlantic (morto em 2006).
Bom, feita essa pequena apresentação, vamos ao disco.
“Led Zeppelin IV” é o quarto álbum de estúdio do grupo, foi lançado em novembro de 1971. A ousadia, inovação e qualidade deste álbum colocou-o na lista dos 200 álbuns mais definitivos no Rock and Roll Hall of Fame (fonte: 2007 National Association of Recording Merchandisers). Também é um dos álbuns mais vendidos da história, com mais de 23 milhões de cópias vendidas nos Estados Unidos. Já em nível mundial estimam-se cerca de 37 milhões de cópia.
Não há título oficial na capa do álbum, então é chamado de “Led Zeppelin IV”, seguindo a linha dos três anteriores registros da banda. Os sinlges mais conhecidos do disco são “Black Dog”, uma das músicas mais conhecidas da banda, e “Stairway to Heaven” que é uma mistura do rock, blues-rock e folk. Os compositores principais do álbum são Robert Plant e Jimmy Page, os dois ‘astros’ do quarteto britânico. Esse disco foi um sucesso estrondoso nas rádios, e é aclamado por muitos como sendo um dos mais memoráveis álbuns do rock and roll de todos os tempos.
“Led Zeppelin IV” não é o típico álbum em que você lê sobre e compreende sua magnitude, é preciso ouvi-lo para se deliciar com a belíssima harmonia, produção, musicalidade e genialidade dos seus criadores, eternos (e verdadeiros) astros do Rock And Roll mundial.
Vale a pena parar por alguns minutos e ouvir ao menos uma das canções do disco, já envio uma delas a vocês:
Abaixo o setlist do disco:
Lado 1
1. “Black Dog” (Page/Plant/Jones)
2. “Rock and Roll” (Page/Plant/Jones/Bonham)
3. “The Battle of Evermore” (Page/Plant)
4. “Stairway to Heaven” (Page/Plant)
Lado 2
1. “Misty Mountain Hop” (Page/Plant/Jones)
2. “Four Sticks” (Page/Plant)
3. “Going to California” (Page/Plant)
4. “When the Levee Breaks” (Page/Plant/Jones/Bonham/Minnie)
5 comentários
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