Neste livro conhecemos Zezé. Um garoto de cinco anos, inteligente, arteiro, sagaz e com um bom coração.
A família de Zezé era extremamente pobre e, pelo fato do pai estar desempregado, eles se mudaram para uma casa menor. Apesar da tristeza com a mudança, o menino descobriu na nova casa um pé de Laranja Lima, que se torna o seu grande amigo.
Em meio à enorme capacidade de imaginação, Zezé conversava com a árvore e vivia inúmera aventuras ao lado dela. Contava a ela todos os seus segredos e todas as suas tristezas.
Mesmo brincando muito e aprontando o tempo todo, a vida de Zezé não era feliz. A família sempre colocava a culpa de tudo nele e, por tal razão, ele vivia apanhando dos pais e até mesmo dos irmãos. Ele se sentia "filho do diabo" e achava que por isso não ganhava presentes de Natal.
O ponto chave da história é amizade entre Zezé e um português, um homem que o tratava como um filho e ensinava boas maneiras. Entre eles havia uma enorme afinidade, no entanto, tratava-se de uma amizade secreta.
Um acidente acontece com o português e ele falece Zezé, de tão triste, adoece. A família, desesperada e sem saber o que fazer, passou a dedicar todo o tempo e atenção ao menino.
Durante esse período, o pai dele consegue um emprego e promete que eles terão uma vida melhor. Porém, o menino sente que o seu verdadeiro pai já faleceu.
Trata-se de um livro lindo e de leitura rápida e simples. Ao mesmo tempo em que nos divertimos com as trapalhadas do Zezé, nos comovemos com o seu sofrimento e o seu bom coração. Um livro que ensina sobre amizade, que mostra a importância de se ter uma boa estrutura familiar e que apresenta a perda e o sofrimento de maneira intensa.
Sem dúvida um clássico da literatura infanto-juvenil!
Algumas passagens interessantes:
"E foi assim que eu ganhei a minha primeira roupa de poeta. E eu fiquei lindo!"
“-Por que você não aprende e não faz como eu?
-E como é que você faz?
-Não espero nada. Assim a gente não fica desapontado.”
“-Por que você não aprende e não faz como eu?
-E como é que você faz?
-Não espero nada. Assim a gente não fica desapontado.”
“-Fica feio se eu chorar?
-Nunca é feio chorar, bobo. Por quê?
-Não sei, ainda não me acostumei. Parece que aqui dentro a minha gaiola ficou vazia demais...”
“Você precisa saber que o coração da gente tem que ser muito grande e caber tudo que a gente gosta.”
Destaques:
Este livro foi adaptado para o cinema e a estréia está prevista para sexta-feira, 19 de abril. A adaptação conta com a participação do ator José de Abreu, na figura do português. Saiba mais sobre ele aqui.
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