É que "quem sou eu"? provoca necessidade. E como satisfazer a necessidade? Quem se indaga é incompleto.
Em A Hora da Estrela, Clarice Lispector, que é conhecida pela intensidade dos sentimentos que transmite em seus textos e pela sua enorme capacidade de adentrar no psicológico dos seus personagens, nos apresenta a história de uma nordestina chamada Macabéa, que é, sem dúvida, uma das personagens mais miseráveis que iremos conhecer.
A história de Macabéa é narrada por Rodrigo S. M., que alterna o texto entre as suas próprias reflexões e a vida da personagem.
Macabéa é uma garota virgem, miserável e que desconhece o fato de que existe no mundo e que tem alguma importância nele. Após perder a tia, ela se muda para o Rio de Janeiro e passa a trabalhar como datilógrafa. Com uma vida pacata, sem graça e sem o menor conforto, a sua única distração é ouvir rádio. No entanto, certo dia ela conhece Olímpio e começa a ter uma nova percepção do mundo que a circula.
Com uma história extremamente simples e repleta de metáforas, Clarice nos permite refletir sobre a existência no mundo, sobre o nosso papel na sociedade e sobre nós mesmos, indivíduos repletos de medos, de inseguranças e passíveis de erro. Com uma perspectiva filosófica, a escritora demonstra os limites do conhecimento e da consciência.
Acredito ser impossível ler esta obra e não se identificar com ela em algum ponto. Afinal, como seres humanos, todos nós já nos sentimos perdidos, sem saída, sem respostas e, principalmente, todos nós já nos apaixonamos pela pessoa errada.
Cabe salientar que Clarice possui uma escrita peculiar e uma linguagem diferenciada e repleta de metáforas. Suas frases são ordenadas de uma forma única e durante o texto existem inúmeros parágrafos com filosofia e reflexão, o que certamente não agrada a todos os leitores.
No entanto, trata-se de um livro encantador e que nos faz pensar. Um livro que com menos de 90 páginas, cativa o leitor. Certamente merece ser lido, relido e admirado.
A história de Macabéa é narrada por Rodrigo S. M., que alterna o texto entre as suas próprias reflexões e a vida da personagem.
Macabéa é uma garota virgem, miserável e que desconhece o fato de que existe no mundo e que tem alguma importância nele. Após perder a tia, ela se muda para o Rio de Janeiro e passa a trabalhar como datilógrafa. Com uma vida pacata, sem graça e sem o menor conforto, a sua única distração é ouvir rádio. No entanto, certo dia ela conhece Olímpio e começa a ter uma nova percepção do mundo que a circula.
É que "quem sou eu"? provoca necessidade. E como satisfazer a necessidade? Quem se indaga é incompleto.
O narrador possui um grande destaque neste livro. Isto porque, enquanto conta a história de Macabéa (o que faz em terceira pessoa), ele busca encontrar o significado da literatura, da escrita e da sua existência. A personagem o incomoda, uma vez que ele não consegue compreendê-la. Com uma história extremamente simples e repleta de metáforas, Clarice nos permite refletir sobre a existência no mundo, sobre o nosso papel na sociedade e sobre nós mesmos, indivíduos repletos de medos, de inseguranças e passíveis de erro. Com uma perspectiva filosófica, a escritora demonstra os limites do conhecimento e da consciência.
Acredito ser impossível ler esta obra e não se identificar com ela em algum ponto. Afinal, como seres humanos, todos nós já nos sentimos perdidos, sem saída, sem respostas e, principalmente, todos nós já nos apaixonamos pela pessoa errada.
Cabe salientar que Clarice possui uma escrita peculiar e uma linguagem diferenciada e repleta de metáforas. Suas frases são ordenadas de uma forma única e durante o texto existem inúmeros parágrafos com filosofia e reflexão, o que certamente não agrada a todos os leitores.
No entanto, trata-se de um livro encantador e que nos faz pensar. Um livro que com menos de 90 páginas, cativa o leitor. Certamente merece ser lido, relido e admirado.
"Agarrava-se a um fiapo de consciência e repetia mentalmente sem cessar: eu sou, eu sou, eu sou. Quem era, é que não sabia. Fora buscar no próprio profundo e negro âmago de si mesma o sopro de vida que Deus nos dá."
Um destaque:
Durante as celebrações do aniversário de 92 anos da escritora Clarice Lispector, o Instituto Moreira Sales lançou um site especial em homenagem à escritora e preparou uma apresentação musical baseada no livro A hora da estrela.
O concerto, intitulado Outra hora da estrela, teve direção de Eucanaã Ferraz e contou com a performance de Jussara Silveira (cantora), Marcelo Costa (percussão), Muri Costa (violão) e Bebe Kramer (acordeon). A narração foi de João Miguel.
Leitores, já leram este livro? O que acharam? Participem, a opinião de todos é muito importante pra nós!
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