Matérias Literárias
Os livros que mudaram a minha vida
Os livros que mudaram a minha vida
00:05Universo dos Leitores
Hoje eu tenho uma tarefa difícil: falar dos livros mudaram a vida. É complicado pensar nisso, já que tantas leituras me marcaram, tantos autores me conquistaram e cada momento é especial de uma forma. Eu sempre digo que o livro preferido de hoje pode não ser o de amanhã, e vice-versa. Então, para pensar nessa lista, resolvi estabelecer marcos temporais e listar os títulos que influenciaram as diversas fases da minha vida.
Para começar, é claro que eu escolhi A Turma da Mônica, do Maurício de Sousa. No período da infância, as histórias dessa turminha enchiam a minha vida de alegria e eu passava dias ansiosa esperando pelas novas HQs.
Quando cresci um pouco mais, descobri a Coleção Os Karas do Pedro Bandeira e na mesma época passei a me aventurar nas histórias da Coleção Vagalume. Esses livros marcaram a minha segunda fase de leitora. Lembro que eu adorava passar as tarde na biblioteca do colégio lendo esses títulos, descobrindo novas histórias e imaginando aventuras incríveis.
Em seguida, descobri o livro O Grande Mentecapto, de Fernando Sabino. De acordo com a professora de português, ele era avançado para a minha idade, mas mesmo assim eu resolvi arriscar e o resultado? Passei dias e dias me divertindo e me emocionando com as aventuras do Geraldo Viramundo, que se tornou um personagem inesquecível.
Mas não pensem que depois de ter lido o meu primeiro livro adulto eu abandonei os livros infantis. Não, na verdade, até hoje eu sou completamente apaixonada por eles. É por isso que não posso deixar de lado dois livros que não lembro exatamente a fase da minha vida que eu li, mas que me marcaram completamente: O Pequeno Príncipe, de Antonie de Saint-Exupéry e Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll. Com essas duas histórias eu relembro as lições que nunca quero esquecer: a importância de valorizar as pequenas coisas, de acreditar nos sonhos e de ter esperança.
Mas nem só de delicadezas é feita a vida, não é mesmo? E por ter bastante certeza disso que eu não posso deixar de incluir nessa lista o livro 1984, do George Orwell. Crítico, intenso e cruel, o livro abriu os meus olhos para aspectos políticos que eu nunca havia imaginado. Me fez refletir sobre controle e opressão social, além de sido o meu primeiro (e intenso) contato com o universo maravilhoso das distopias. Ao lado dele, não posso deixar de falar do Laranja Mecânica, do Anthony Burgess, que me mostrou até que ponto o ser humano pode ser cruel e até que ponto é possível controlar a mente humana.
Mas nem só de delicadezas é feita a vida, não é mesmo? E por ter bastante certeza disso que eu não posso deixar de incluir nessa lista o livro 1984, do George Orwell. Crítico, intenso e cruel, o livro abriu os meus olhos para aspectos políticos que eu nunca havia imaginado. Me fez refletir sobre controle e opressão social, além de sido o meu primeiro (e intenso) contato com o universo maravilhoso das distopias. Ao lado dele, não posso deixar de falar do Laranja Mecânica, do Anthony Burgess, que me mostrou até que ponto o ser humano pode ser cruel e até que ponto é possível controlar a mente humana.
Um tempo depois que li esses livros, eu li A Insustentável Leveza do Ser, do Milan Kundera. Com um estilo romântico e filosófico, o livro mudou completamente a minha visão do amor, dos sentimentos, da fidelidade etc. Uma história arrebatadora, que me marcou muito e que eu não me canso de ler.
Já no ano passado, eu fiz a grande descoberta da minha vida. Com o livro Memórias das Minhas Putas Tristes eu descobri Gabriel García Márquez, meu querido Gabo. Humano, intenso, delicado, com uma narrativa gostosa e emocionante, ele é o meu escritor preferido.
Além do Gabo, tive o prazer de conhecer Zygmunt Bauman, com o livro Vigilância Líquida. A análise da modernidade feita por Bauman foi um choque. Eu parei para pensar no quanto estamos nos tornando vazios, no quanto estamos com os valores distorcidos e o pior: no quanto contribuímos para a vida em uma sociedade controlada, que impõe critérios de liberdade, de sentimentos, de consumo e de felicidade.
Mas quando parece que vai terminar por aqui, já que 2015 mal começou, eu digo que esse ano, entre as poucas leituras que fiz até agora, tive a oportunidade de ler Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres, da Clarice Lispector. Nesse livro eu me deparei com uma protagonista que se parece muito comigo. Uma protagonista que vive em busca de quem ela realmente é, que luta a todo custo para compreender os seus sentimentos, a sua mente, a sua essência. Passei a noite em claro na companhia dessa obra, que me emocionou, me cativou e praticamente conversou comigo.
Então é isso! Espero que tenham gostado e que aproveitem as dicas! :)
Beijos e até a próxima...
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