Minhas Tardes com Margueritte, ou La Tête en Friche, no título original, é um filme delicado e emocionante, que encanta por abordar o cotidiano e mostrar um encontro entre almas que se identificam e que decidem compartilhar não só algumas tardes em um banco de praça, como também os mais íntimos segredos, as mais prazerosas paixões e os mais sinceros sentimentos.
Tudo começa quando Germain decide passear em uma das praças da cidade e, por um presente do acaso, conhece Margueritte, uma senhora de 95 anos, que vive em um asilo e que tem uma grande paixão: a leitura.
É ao lado dessa senhora de bem com a vida e sorridente que ele, um homem simples, trabalhador e bondoso, começa a descobrir a magia da leitura e a felicidade de ter com quem compartilhar momentos de paz e de carinho.
O universo de Margueritte e todos os encantos que ela proporciona são completamente novos para Germain, um cinquentão que teve a vida marcada pela presença de uma mãe cruel e desinteressada, e pela companhia de professores e amigos que tinham por hábito fazer piadas sobre as suas dificuldades de se comunicar e de compreender bem as palavras.
O vínculo dos dois surge de forma natural e se intensifica com mais naturalidade ainda. Entre leituras, novas palavras e várias tardes contando os pombos da praça, eles conversam sobre os problemas da vida, as superações, os abandonos e o cotidiano.
Essa relação singela e encantadora é suficiente para prender a atenção durante todo o filme. Não tem como não se emocionar com os problemas dos personagens ou deixar de sorrir com a fértil imaginação de Germain.
Não bastasse isso, o filme conta com o apoio de uma trilha sonora maravilhosa e de atores em perfeita sintonia.
"Ela me deu um livro, e outro, e as páginas se iluminaram. Não morra agora, há tempo, espere. Não é a hora, florzinha. Me dê um pouco mais de você. Me dê um pouco mais da sua vida. Espere. Nas histórias de amor há mais que amor. Às vezes não há nenhum "eu te amo", mas se amam."
Essa relação singela e encantadora é suficiente para prender a atenção durante todo o filme. Não tem como não se emocionar com os problemas dos personagens ou deixar de sorrir com a fértil imaginação de Germain.
Não bastasse isso, o filme conta com o apoio de uma trilha sonora maravilhosa e de atores em perfeita sintonia.
Sem dúvida imperdível e inesquecível!
Trailer:
Curiosidade:
Descobri no blog Pronome Interrogativo que o filme foi baseado no livro intitulado La Tête en Friche, da escritora francesa Marie-Sabine Roger, que foi publicado no ano de 2009. Para os que estudam francês e gostam de praticar, fica aí uma boa opção de leitura.
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