Dicas Matérias Literárias

Minha experiência em literária em 2014 e as mudanças para 2015

00:00Universo dos Leitores

Olá Leitores!

No ano de 2014 eu li vários livros. Alguns ótimos, outros bons. Alguns que me surpreenderam e outros que realmente não faziam o meu estilo. Li alguns que, inclusive, optei por sequer fazer resenha. A verdade é que a leitura é algo muito pessoal. Como eu costumo dizer sempre, existem livros específicos para cada fase da nossa vida e um livro que nos parece ótimo hoje, pode se tornar péssimo com uma segunda leitura. E vice-versa. 

Acontece que o tempo é curto, as opções são muitas e a vontade de ler é sempre, sempre enorme. A lista de livros desejados praticamente não cabe em um caderno. A verdade é que eu quero tantos livros que não consigo, sequer, manter o meu perfil no Skoob atualizado. Pois é! Em meio a tudo isso, eu cometi um grande erro no ano de 2014: eu comecei a ler livros que estavam muito comentados no momento, livros que vários blogs recomendaram, ou até mesmo títulos que despertaram a minha curiosidade em um momento específico. Sabe aquele pensamento imediato? Do tipo: "Nossa, nunca tinha ouvido falar desse livro, parece bom. Vou comprar e ler."

Claro que fazendo isso eu tive grande surpresas. Posso citar Aristóteles e Dante Descobrem os Segredos do Universo, Lua de Larvas, ou até mesmo o queridíssimo e um dos favoritos de 2014, A Vida do Livreiro A. J. Firkry. Em compensação, perdi muito tempo e muitas noites com leituras que não me acrescentaram nada e que simplesmente não eram para mim. 

No final do ano, parei com calma para analisar tudo que li e elaborar a lista das melhores leituras de 2014, e constatei que não li praticamente nada do que eu tinha estabelecido no final de 2013. Não terminei alguns livros do José Saramago ou do Gabriel García Marquez, escritores que sempre, sempre me surpreendem e encantam. Não li algumas obras de ficção científica que havia planejado. Não conheci outros títulos dos Vladmir Nabokov, que tanto me impressionou com o clássico Lolita. Não tive oportunidade de ler alguns livros do Milan Kundera, autor da obra A Insustentável Leveza do Ser, um dos livros que marcantes que já li. Não conheci alguns escritores nacionais que eu havia planejado. E não, novamente não li O Grande Sertão: Veredas. 
Pois é! Diante dessa constatação, decidi que vou organizar a minha leitura de forma diferente. Não vou me ater aos livros do momento, aos grandes lançamentos do ano, aos novos livros mais falados na imprensa. Eles importam, sim. Eles podem proporcionar momentos únicos. Mas o que eu quero mesmo é ter a oportunidade de conhecer obras que já instigam a minha curiosidade faz um bom tempo e que foram deixadas de lado pelo imediatismo de ler aquilo que todos estão lendo. 

Imagino que estejam se perguntando a razão de pela qual eu estou escrevendo tudo isso! Na verdade, é o seguinte: o que eu descobri com toda a ansiedade literária de 2014 (defini assim o que aconteceu comigo) é que eu preciso ler aquilo que combina comigo, como eu sempre havia feito até então. Eu tenho que buscar títulos que despertam a minha curiosidade porque estão de acordo com o momento que eu estou vivendo. 

Não posso ler romances porque todos estão lendo e amando, ou livros do gênero young-adult só porque todos os sites falaram bem. Essas leituras simplesmente não causam identificação na Isabela de hoje, o que não quer dizer que não podem causar na Isabela de amanhã, ou de depois de amanhã. Como bem disse o inesquecível livreiro A. J. Fikry, "as coisas que nos tocam aos vinte não são necessariamente as que nos tocam aos quarenta, e vice-versa. Isso é verdade para livros e para a vida."

O que eu quero em 2015 (e talvez para sempre) é escolher cada título sem me deixar influenciar pela curiosidade de um momento, afinal, o tempo é uma coisa rara e diferente do muitos insistem em dizer, ler não é sempre bom. Ler só é bom se a leitura significar alguma coisa, acrescentar algo bom, proporcionar novas descobertas, novas razões para querer imaginar e, principalmente, para querer descobrir novos livros.

E essa é a dica que quero deixar para vocês, leitores e seguidores do Universo dos Leitores. Se um livro não está te agradando, deixe de lado. Não tem essa de que para falar de um livro é preciso ler até o final. Ora, logo nas primeiras páginas é possível saber se aquela leitura vai ou não te agradar. Claro que algumas vezes continuar um livro que inicialmente não estava bom, pode superar a expectativa, mas falo pela minha experiência: é raro isso acontecer.

Se não estiver gostando de uma história, assuma que talvez aquele livro não é para você naquele momento. Valorize seu tempo, busque momentos prazerosos, descubra o seu gosto, o seu estilo literário e leia somente aquilo que de alguma forma fizer o seu coração tremer. 

Lembrem-se sempre: não existem livros novos ou velhos. Livros são atemporais. Então não se preocupe por não estar atualizado, afinal, ler é uma atualização constante.





You Might Also Like

0 comentários

Obrigada por participar do nosso Universo! Seja sempre muito bem vindo...

Acompanhe nosso Twitter

Formulário de contato