10 anos com Mafalda
Crítica
10 anos com Mafalda: um exemplar incrível sobre a genialidade de Quino
00:30Universo dos Leitores
Mafalda, a incrível personagem criada por Quino no ano de 1964 está completando 50 anos e as suas análises, críticas e reflexões continuam cada vez mais atuais, o que é suficiente para demonstrar a sua importância no cenário literário mundial.
A menina, que adora sopa, brincadeiras e tem apenas 6 anos de idade, consegue visualizar o mundo de uma forma diferente, crítica e sagaz. Ela faz inúmeros questionamentos acerca das pessoas, dos relacionamentos, da política, da consciência humana e do mundo em geral.
Em regra, se apresenta mais madura que os demais personagens (inclusive os adultos) e uma das suas maiores preocupações é a paz mundial.
Com um humor ácido e diferenciado, as suas tiras simplesmente se destacam no universo dos quadrinhos e são atemporais. É por isso que o livro "10 anos com Mafalda", publicado em uma edição incrível da Editora WMF Martins Fontes é tão especial. Ele reúne várias tiras dessa personagem marcante e ainda separa tudo por assunto, o que facilita a leitura.
Ao contrário do que muitos podem pensar, a personagem é criança, mas o livro não é infantil. As reflexões apresentadas são sérias, construtivas e repletas de filosofia.
Nas suas tirinhas, entre os personagens de destaque temos:
- Papá (Pelicarpo): O pai trabalha numa companhia de seguros, adora cultivar plantas em seu apartamento e entra em crise quando percebe que está envelhecendo;
- Mamã (Raquel): É dona de casa, não completou os estudos (por isso é vista como medíocre pela Mafalda) e entra em conflitos com a filha quando prepara sopas e macarrão;
- Guille "Gui" (Guillermo, "Guilherme"): O irmão caçula da Mafalda, que apesar de esperto para sua idade, tem todas as características de uma criança comum que começa a perceber o mundo;
- Burocracia: É a tartaruguinha que Mafalda e Gille ganharam de presente do pai. Mafalda escolheu o seu nome levando em consideração o fato de ser extremamente vagarosa;
- Miguel ("Miguelito" Pitti): apesar de ser amigo da Mafalda, ele tem dificuldade de compreender os seus pensamentos e acaba entendendo os conselhos dela sempre de maneira literal. O garoto é filho único e tem um bom coração, mas é egocêntrico e acredita que o mundo gira em torno das suas vontades;
- Filipe (Felipe): é um garoto que odeia estudar, mas possui muitos sonhos, com isso, trava inúmeros conflitos com a suas consciência e se questiona acerca do que é ser responsável;
-Manolito (Manuel Goreiro "Manelito"): o garoto, que não gosta de Beatles e só tira notas baixas, é filho de um comerciante e, por tal razão, só se preocupa com dinheiro, contas e inflação. Ele representa o conservadorismo capitalista;
- Susanita (Susana Beatriz Clotilde Chirusi): ela possui apenas duas preocupações: a aparência e encontrar um bom marido. Além disso, é extremamente fofoqueira e egoísta;
- Filipe (Felipe): é um garoto que odeia estudar, mas possui muitos sonhos, com isso, trava inúmeros conflitos com a suas consciência e se questiona acerca do que é ser responsável;
-Manolito (Manuel Goreiro "Manelito"): o garoto, que não gosta de Beatles e só tira notas baixas, é filho de um comerciante e, por tal razão, só se preocupa com dinheiro, contas e inflação. Ele representa o conservadorismo capitalista;
- Susanita (Susana Beatriz Clotilde Chirusi): ela possui apenas duas preocupações: a aparência e encontrar um bom marido. Além disso, é extremamente fofoqueira e egoísta;
- Liberdade (Libertad): gosta das coisas simples da vida e seus pais são jovens e idealistas. Ela é pequena e tem que aguentar as brincadeiras óbvias acerca do seu nome.
É possível perceber, por meio das descrições centrais dos personagens, que todos eles são marcados por características típicas de pessoas do mundo moderno: complexo, materialismo, preconceito social, futilidade, egoísmo etc. Ao longo das tiras, esses personagens também são utilizados como parâmetros por Mafalda nos momentos em que apresenta seus questionamentos sobre os seres humanos em geral.
Eu sou tão fã desta "pequena grande menina" que nem a considero uma personagem. Para mim é como se ela realmente existisse. Tenho o hábito de dizer: "como diria a Mafalda", ou "Mafalda sabe o que diz!".
É possível perceber, por meio das descrições centrais dos personagens, que todos eles são marcados por características típicas de pessoas do mundo moderno: complexo, materialismo, preconceito social, futilidade, egoísmo etc. Ao longo das tiras, esses personagens também são utilizados como parâmetros por Mafalda nos momentos em que apresenta seus questionamentos sobre os seres humanos em geral.
Eu sou tão fã desta "pequena grande menina" que nem a considero uma personagem. Para mim é como se ela realmente existisse. Tenho o hábito de dizer: "como diria a Mafalda", ou "Mafalda sabe o que diz!".
0 comentários
Obrigada por participar do nosso Universo! Seja sempre muito bem vindo...