Yeda recentemente lançou, pela Editora Penalux, o livro “Suíte Nº3”, um romance de prender a atenção, que já falamos neste link aqui.

Conheçam um pouco mais sobre o trabalho da escritora em um entrevista exclusiva que ela concedeu ao nosso blog: 

Quando você teve a ideia de escrever Suíte Nº3 e quanto tempo levou para escrever a história?

A ideia veio de repente. Fiquei amadurecendo na cabeça durante um ano, mais ou menos. Andava de bicicleta pela orla da praia, pensando na história. Mas não tinha intenção ainda de ser um livro. Pensei em escrever uma minissérie para a TV. Então, teve um feriado que emendou Natal e Ano Novo e fiquei dez dias escrevendo - aí decidi que seria um livro. depois disso, foram 5 meses mergulhada no texto, aprimorando.

Você tinha o enredo desde o início, ou o livro foi tomando rumos diferentes durante a escrita?

Eu só comecei a escrever quando tive a história toda na cabeça, mas depois surgiram duas situações novas e acrescentei. Não mudei o projeto inicial.

Sérgio e Vera foram inspirados em algum conhecido?

Só o nome do Sergio Luis, que foi um primo que minha mãe teve. Ele era militar e morreu com 24 anos num desastre aéreo. A foto dele, que era muito bonito, de uniforme, me marcou. Já a idéia do recreador surgiu em minhas viagens com os filhos para hotel fazenda e resort. Quanto à Vera, eu inventei tudo, assim como os outros personagens. Percebi que unir duas pessoas tão diferentes daria uma ótima história. E queria que ela fosse diferente de todas as outras heroínas de livros, que são sempre lindas. Vera foi um personagem muito rico para se trabalhar. Tem inteligência fora do comum. Fiz diversas pesquisas na internet para incrementar a cultura dela. Mas não deixei de lado a parte emocional do personagem. Eu mergulhei nela, profundamente.

Pretende dar continuação a essa história? Se sim, adianta um pouco do próximo livro para gente? 

Tenho planos, até já comecei, mas parei por falta de tempo. Infelizmente não dá para adiantar nada, só posso dizer que vai ter os mesmos elementos do primeiro livro, linguagem dinâmica, um pouco de erotismo, um pouco de cultura geral e muitas surpresas - além de novos personagens.

Suíte Nº3 é uma música de Bach e deu nome ao teu livro (por motivos lindos). Você se inspirou na música para escrever ou primeiro começou a escrever para depois se lembrar da música?

Eu já conhecia a música, mas a escolha dela surgiu enquanto eu escrevia. Sou apaixonada por Bach. Quando precisei criar o título do livro, inicialmente seria "Através de você", uma frase de Sergio, que acabei tirando. A minha segunda opção de título foi a música, que toca num momento importante do livro. Perguntei para meus filhos o que eles achavam desse título e eles gostaram. Algumas pessoas pensam se tratar de um quarto, mas isso não me incomoda. É um título curto, que também remete à cultura de Vera.

O livro é narrado um pouco em Paris e na Disney... Porque a escolha desses lugares?

Posso dizer apenas que viajar ensina muito. Eu jamais teria escrito este livro mais nova, porque ele tem muito de meu amadurecimento e de minha cultura geral, algo que só se adquire com o tempo e a vivência.

Quais foram as maiores dificuldades para a finalização desta obra?

Basicamente, falta de tempo para me dedicar inteiramente a ele. Nunca tinha escrito um livro e queria que ele ficasse perfeito, por isso lapidei palavras mais de cem vezes, em alguns trechos. Eu sei o livro todo de cor.

Qual foi a parte mais difícil de escrever nesse livro?

A conversa de Marcos e Sergio depois da primeira noite de Sergio com Vera... Deu muito trabalho para escrever. As partes eróticas fluíram naturalmente, apenas descrevendo o envolvimento dos dois, mas tive cuidado para manter o nível. Queria erotismo na medida; sexo descrito com beleza.

Qual o trecho de Suíte Nº3 que você mais gosta e por quê?

Gosto muito da parte em que Vera fica sozinha, depois que Claudia e Sergio saem do apartamento. Eu consegui descrever bem o sofrimento interno dela. Precisei entrar fundo, no âmago do personagem.

Você comentou que nunca teve um blog. Apesar de não publicar, você escreve alguns textos?

Não. O livro foi minha única criação literária, mas me consumiu por todas!

Para finalizar, o que você diria para aqueles que estão se aventurando à escrever um livro?

Tenha uma boa idéia e procure escrever o melhor livro possível, algo que você realmente gostaria de ler.

Quero de coração agradecer à Yeda, por ter concedido a entrevista e o prazer de conhecer mais um pouco sobre ela, volto a parabenizá-la pelo romance (muito bem) escrito. Vera entrou para a lista de personagens favoritos e é gratificante conhecer bons autores nacionais.

Para aqueles que quiserem um exemplar da Yeda autografado, só entrar em contato com ela OU adquirir o livro diretamente na loja da Editora.