Aviso: contém spoilers!
Decidi falar deste livro não só pelo fato dele ter passado mais de um ano ocupando uma posição na lista dos livros mais vendidos, mas sim porque eu demorei demais pra perceber o quanto ele é magnífico.
Quando eu ouvi falar dele pela primeira vez, logo me interessei. Afinal, o título por si só já era espetacular! Eu mal podia esperar pela história. Acontece que o encanto acabou muito rápido e antes de chegar à página 50 eu já havia o deixado de lado.
Por algum motivo que hoje não sei explicar, naquele primeiro contato achei o livro totalmente sem graça e me questionei acerca do motivo de tanto alvoroço. Intrigada com essa contradição entre a minha opinião e a lista dos mais vendidos, tentei a segunda, a terceira, a quarta e a quinta vez. Pronto, desisti definitivamente!
No entanto, no mês passado, em uma visita a casa de uma prima, estávamos falando de livros quando ela comentou da paixão pela história da Menina que Roubava Livros. No mesmo instante manifestei minha opinião e ela, de maneira insistente, me convenceu a tentar mais uma vez. Vencida pelo cansaço, encarei a leitura como um desafio daqueles “é agora ou nunca”. Comecei devagar e, pela primeira vez, passei da página 50.
Fui lendo de forma lenta, sem colocá-lo como minha prioridade. Entretanto, por volta da página “cento e alguma coisa”, eu já estava completamente encantada! Percebi que não era um livro com grandes reviravoltas e grandes acontecimentos, mas sim um livro que tratava do cotidiano, da amizade e dos conflitos vividos por uma sociedade dentro de um contexto de guerra. Quando entendi a ideia do autor e o porquê daquela forma de narrativa cheia de detalhes, me vi presa na história e super interessada em descobrir até onde ela iria me levar.
O que mais me surpreendeu foram os personagens: uma menina que em meio a tanto sofrimento encontrou nos livros e nas palavras a sua fonte de felicidade; um pai adotivo que mesmo sem ter muita instrução, esteve ao lado da filha, incentivou a sua leitura e lhe mostrou a importância do amor e da família; uma mãe severa, mas preocupada, dedicada e, de um jeito diferente, extremamente carinhosa e cuidadosa; um menino arteiro, divertido, fiel, que sonhava correr como o Jesse Owens; um judeu inteligente, poeta, com grande capacidade de imaginação e muita, muita amizade no coração; uma mulher sofrida, que com o seu jeito frio e estranho também incentivou a menina a ler seus livros; e claro, a morte, contando a sua história.
Agora, que cheguei ao final e sim, me apaixonei por este livro, tenho que concordar com o resumo que a contadora da história, a Morte, apresenta logo no início: uma menina, algumas palavras, um acordeonista, uns alemães fanáticos, um lutador judeu e uma porção de livros.
Com poucas palavras ela falou sobre a sua história. Eu, com poucas palavras, prefiro falar dos sentimentos vivenciados nela: alegria, amizade, tristeza, amor, sofrimento, cansaço e esperança.
Pra ilustrar e fazer uma prévia, vou colocar algumas das minhas passagens preferidas no livro:
Sei que quando terminei de ler, passei alguns minutos parada, pensando naquele final que mesmo tão triste conseguiu ser mágico. Um tempo depois, enviei uma mensagem pra minha prima que tanto insistiu pra que eu lesse e disse o seguinte:
Terminei o livro e estou sem palavras! Sério, não tem como explicar as sensações: emoção, tristeza, surpresa, encantamento... Tudo junto! Quanta sensibilidade teve o autor! Que capacidade de surpreender e concluir sem perder o brilho! AMEI!
Em seguida, postei no twitter:
Completamente emocionada com o final do livro A Menina que Roubava Livros! Surpreendente, mágico, triste e delicado! O autor realmente transformou o sofrimento em poesia! Espetacular...
Espero que gostem da leitura e apreciem a profundidade dos sentimentos envolvidos neste livro inesquecível!
*Postado por Isabela Lapa
17 comentários
Bebelly, parabéns pelo blog e pelo que escreveu sobre o livro!
ResponderExcluirFicou bacana demais!
Acompanho as coisas que escreve desde a época da faculdade e sou muito fã desse dom maravilhoso que você tem!
Sucesso pra vocês!
Oi amigo! Que bom que gostou do blog e dos posts.
ExcluirVenha nos visitar sempre que possível!
Obrigada pelo carinho!
eu estou lendo mais nao estou conseguindo enterder ele so fala de morte chocolate hitller
Excluirme mande um email leticibarbara20122gmail.com
explicando
Letícia, boa tarde!
ExcluirRecebemos o seu comentário no post sobre o livro A Menina que roubava livros.
Gostaríamos de compreender melhor a sua dúvida a respeito do livro. Tentamos encaminhar o e-mail, mas ele volta.
Trata-se da história de uma garota que passa a viver com uma família adotiva pelo fato de ter uma mãe judia. A menina, que é triste e sofre com a morte do irmão, descobre um grande prazer nos livros, mas não sabe ler. O seu pai adotivo passa a ensiná-la e isso faz com que eles se aproximem e desenvolvam uma grande amizade.
Hitler é muito mencionado porque a história do livro está inserida no contexto do período nazista e a família, mesmo sendo anti-nazismo, tenta ensinar a menina a se comportar como quem concorda com a postura de Hitler, para evitar que algo de mal lhe aconteça.
É um livro lindo e profundo. Retrata a amizade de uma forma muito sensível. Mas a linguagem é realmente diferente e no início parece cansativo em razão disso. No entanto, aos poucos o livro nos encanta. É uma leitura muito válida.
Se pudermos ajudá-la em mais alguma coisa, estamos à disposição.
Atenciosamente,
Equipe Universo dos Leitores.
Bebelly, parabéns pelo blog e pelo que escreveu sobre o livro!
ResponderExcluirFicou bacana demais!
Acompanho as coisas que escreve desde a época da faculdade e sou muito fã desse dom maravilhoso que você tem!
Sucesso pra vocês!
É de uma lindeza sem fim esse livro!
ResponderExcluirLi já faz muito, muito tempo...mas ainda me lembro com muita clareza de várias passagens. Sua síntese traduz muito do que senti quando li, e acrescento a minha dúvida nas páginas finais: continuar a devorar o livro pra saber logo o desfecho, ou seguir lentamente em direção ao final, pra ficar continuar escutando a história que a morte lindamente contou!
Adorei, meninas!!!
Oi Priscilla! Obrigada por participar do nosso blog e deixar a sua opinião. Que bom que também gostou do livro e conseguiu perceber todo o encanto envolvido em cada uma das palavras contidas nele!
ResponderExcluirVolte sempre e não se esqueça de deixar sua opinião, que é muito importante pra nós!
Abraços!
Obrigada pelos comentário,sintam-se à vontade para comentar e opinar sempre! Contamos com a participação de vocês!
ResponderExcluirAdorei tudo o que você falou sobre o livro: Sou totalmente apaixonada por ele, desde que li as primeiras paginas, quando a morte fala sobre a cor do céu-isto já me encantou profundamente, e conheço pessoas que também começaram a ler e pararam. Adorei teu blog, estou seguindo!
ResponderExcluira-meninadajanela.blogspot.com
Que bom que gostou Laura! Este livro é realmente fantástico. Participe sempre do nosso blog! Um abraço :)
ResponderExcluirEu também fiquei paralisada por alguns minutos. Fiquei com o coração apertado e senti uma sensação que nunca tinha sentido antes. Sim, chorei. Pensei que não conseguiria ler o final por causa de tantas revelaçoões que me abalaram.
ResponderExcluirO livro é muito lindo, muito emocionante, muito triste e muito, muito bom!
Que bom saber que não fui a única! Pq fiquei sem palavras ao terminar!
ResponderExcluirObrigada pela participação e venha sempre por aqui.
:)
Engracado, depois que li a cidade do sol, e fiquei dias remoendo a tristeza que o autor mostra no livro,passei longe de qualquer capa ou livro que fosse remotamente parecido com ele. Por isto com pesar eu digo por preconceito nao li a menina que roubava livros, mas a sua historia agucou um sentido diferente em mim, vou me permitir a oportunidade de le-lo obrigada por compartilhar sua experiencia.
ResponderExcluirAdriana, aproveite a curiosidade que te deu e leia! É um livro lindo. Não me deixou triste, mesmo sendo uma história triste. Na verdade, ele dá uma grande lição de amizade! Abraços e obrigada por participar!
ExcluirEngracado, depois que li a cidade do sol, e fiquei dias remoendo a tristeza que o autor mostra no livro,passei longe de qualquer capa ou livro que fosse remotamente parecido com ele. Por isto com pesar eu digo por preconceito nao li a menina que roubava livros, mas a sua historia agucou um sentido diferente em mim, vou me permitir a oportunidade de le-lo obrigada por compartilhar sua experiencia.
ResponderExcluirEstava com receio de começar a leitura desse livro por muitas razões, uma delas era lidar com muito sofrimento. Porém, após sua opinião, começarei a lê-lo e estou seguindo seu belo e inteligente blog. Grande abraço,
ResponderExcluirMônica Banderas
Que ótimo Monica! Apesar do sofrimento, a mensagem do livro é muito bonita! Vale a leitura! Depois conte a sua opinião!
ExcluirAbraços e obrigada por participar da página, fazemos tudo com muito carinho!
Obrigada por participar do nosso Universo! Seja sempre muito bem vindo...